A empreitada que está a decorrer deveria ter terminado em abril, mas atrasou-se. IP esclarece que futura duplicação das vias ainda depende de “pré-avaliação”
Está fixado em sete meses o atraso da atual empreitada do Itinerário Principal 3 (IP3), a decorrer entre os nós de Penacova e Mortágua. A conclusão deveria ter ocorrido em abril, mas só vai ser no próximo mês de novembro, ou seja, dentro de dois meses e meio, garantem os serviços da Infraestruturas de Portugal (IP).
António Rosado – Diário As Beiras
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, já havia dito – no passado dia 11, em Coimbra – que o fim das empreitadas seria até final do ano, mas a IP é agora mais concreta nos prazos, referindo que “a nova data de conclusão está prevista para 30 de novembro de 2020”. O ministro reconhece que “as populações já estão cansadas; vamos lá ver as obras e ouvimos buzinadelas, mas o atual troço está a ser concluído e depois lançaremos os outros dois troços da ligação entre Coimbra e Viseu”.
De acordo com informação prestada ao jornal, os atrasos ficaram a dever-se à “necessidade de autorização ambiental para trabalhos nos nós de Oliveira do Mondego e Cunhedo, recebida em abril de 2020”.
Inverno rigoroso
Acresce, de acordo com os técnicos, que “o inverno de 2019-2020 foi bastante rigoroso e impactou de diversas formas na execução da empreitada, cuja principal atividade é a pavimentação, que não deve ser executada em condições de muita humidade ou temperatura baixa”. Por outro lado, “a tempestade Elsa provocou, no final de 2019, um deslizamento grave, cuja reabilitação implicou um custo adicional de cerca de 11 por cento do valor”.
Duplicação está em estudo
Quanto às empreitadas dos dois restantes troços – antes e depois do atual troço em obras, ou seja entre Souselas e Penacova, e entre a Lagoa Azul e Viseu – o traçado de duplicação não está garantido, porque depende de “uma prévia avaliação (…) face às dificuldades que a orografia existente pode levantar para o cumprimento desta pretensão”.
Primeiro é necessário fazer o “processo de Avaliação de Impacte Ambiental para todo o empreendimento” e o “Projeto de Execução”, tendo em conta que já está aprovada a “Fixação dos Traçados”.Assim, a IP afirma que está a “envidar todos os esforços no sentido de concluir a intervenção em 2024”. A referida empresa pública conclui que “as CIM envolvidas (Viseu/Dão Lafões e Coimbra) mantêm um canal privilegiado de comunicação, no sentido de analisar, debater e incorporar soluções que reúnam o consenso de todos os envolvidos”.