Natural de São Pedro de Alva, António Filipe Pimentel, Ex-diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, instituição que abandonou em junho de 2019 após conflitos com a tutela, sucede a Penelope Curtis, que terminou em agosto o seu mandato de cinco anos
A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou esta quinta-feira que António Filipe Pimentel, que desde 2020 faz parte do conselho de administração do World Monuments Fund Portugal mas que já desempenhou os cargos de director do Museu Nacional de Arte Antiga e do Museu Grão Vasco, será o principal responsável do Museu Calouste Gulbenkian. No mesmo comunicado é também tornado público o nome de Benjamin Weil, atual diretor artístico do Centro Botín, enquanto diretor do Centro de Arte Moderna.
António Filipe Pimentel declarou-se honrado pelo “desafio, naturalmente irresistível”, e por poder colocar-se “ao serviço do estudo, da preservação e da divulgação de uma coleção de referência internacional para cuja salvaguarda foi criada uma das mais prestigiosas instituições do seu género em todo o mundo”. Também Benjamim Weil, crítico e curador que já desempenhou funções no Institute of Contemporary Arts, em Londres, e no Museu de Arte Moderna de São Francisco, se revelou “encantado por poder integrar a missão generosa da Fundação Gulbenkian através do Centro de Arte Moderna”.
O Centro de Arte Moderna entrará recentemente em obras de renovação, para o que conta com um projeto desenhado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, capaz de abrir “um novo ciclo de vida” numa instituição reconhecida pela importância da sua coleção de arte moderna portuguesa. Acerca desta remodelação do CAM, Weil afirmou que estas obras “oferecem uma oportunidade para a instituição se reinventar e construir um futuro dinâmico, criar e estreitar laços de colaboração com outras áreas da Fundação, e explorar novos modos de se dar a conhecer e de atrair novos públicos”.
Ambos os diretores foram selecionados após a conclusão de um processo de recrutamento liderado por uma empresa internacional especializada em instituições culturais.
António Filipe Pimentel, nasceu em São Pedro de Alva, Penacova, em 1959 e obteve a Licenciatura em História com especialização em História da Arte em 1985 na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra onde, em 1991, obteve também o Mestrado em História Política e Cultural da Idade Média com uma dissertação intitulada: “Arquitetura e Poder: o Real Edifício de Mafra”, obra premiada com o Prémio Gulbenkian de História de Arte 1994/02 e amplamente publicada.
Conheça mais sobre o percurso académico de António Filipe Pimentel AQUI
Conheça a sua relação famíliar com o concelho de Penacova AQUI