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O falecimento do padre Jorge, como era conhecido em Penacova – principalmente nas freguesias de Lorvão e de Figueira de Lorvão – foi motivo de voto de pesar da Assembleia Municipal, por proposta da CDU. Por outro lado foi decidido incluir o seu nome na toponímia do concelho.

Foto gentilmente cedida por Mauro Carpinteiro

Joaquim Ribeiro Jorge faleceu no passado 13 de dezembro com 93 anos. Havia chegado à paróquia de Lorvão em outubro de 1977, “escolhido de entre outros, pelas suas qualidades, capazes de unir a Comunidade Cristã de Lorvão, que atravessava um conflito com o Hospital Psiquiátrico”, recordam os proponentes. Encontrou um povo, por ele apelidado de “simples, cordial e bom” mas que “estava eivado de preconceitos religiosos, com o coração apegado a velhas tradições, muito deturpadas e sem sentido”, segundo as suas próprias palavras.

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Apesar de agir “com paciência, compreensão e muita prudência, respeitando velhos ritos que faziam parte da cultura” desta terra, sofreu alguns ataques e mesmo ameaças, por tentar introduzir algumas mudanças, pondo em risco a sua saúde e a própria vida, como transparece do seu livro de memórias “Sou Padre!… Porquê?!… (novembro 2006), onde “confessa” as suas vivências.

Acabou por conseguir estabeleceu a paz na comunidade. Como capelão do Hospital Psiquiátrico, viveu intensamente com os doentes, apoiando-os na sua cura.

Criação do Centro Paroquial do Lorvão

Também a nível social e cultural teve um papel relevante, nomeadamente com a criação do Centro Social e Paroquial de Lorvão, para o qual cedeu a sua própria residência, iniciando-se como Centro de Dia, em parceria com a Cáritas Diocesana de Coimbra; e com a criação de celebrações diversas, como as Festas das Santas Rainhas, com posterior projeção nacional, levando o nome de Lorvão a todo o país.

Foi o grande impulsionador das obras de remodelação e ampliação das capelas da paróquia, algumas delas com rudimentares condições de conforto.

Natural de Calvão (Vagos) foi professor de Religião e Moral na Escola Preparatória de Penacova e, já idoso, capelão do Areeiro e Portela do Mondego (Coimbra).

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