24 de dezembro de 2020, véspera de Natal, neste ano tão atípico. Em Lorvão, e um pouco por todo o mundo, a tradição do presépio mantém-se, apesar de ser um ano diferente, é bom que não se percam algumas das nossas tradições.
Este presépio datado do Séc. XVIII foi mandado fazer pela Abadessa Dona Bernarda Teles de Menezes. Na fotografia vemos a cabana, Virgem Maria, São José, a vaca, o burro e os anjos que aguardam o nascimento de Jesus.
Após o nascimento do menino, no dia 25 de dezembro junta-se a figura do menino Jesus ao presépio e assim fica até ao dia de ano novo. Neste dia, acrescentam-se outras figuras, os avós do menino Jesus: São Joaquim e Santa Ana e os pastorinhos.
Dia de Reis completa-se o presépio com os Reis Magos que trazem consigo as oferendas ao menino ouro, incenso e mirra.
No dia de Natal é costume celebrar-se uma missa onde no final o menino é dado a beijar enquanto se entoam canções ao menino. Uma dessas canções é a que se segue:
Ó Infante suavíssimo
Ó meu amado Jesus
Vinde alumiar a minh’ alma
Vinde dar ao mundo a luz.
Ó Infante suavíssimo
Deus de infinita beleza
Vinde ilumiar a minh’ alma
Abrandar a sua dureza.
De salientar, que no dia de Natal, em Lorvão, as pessoas levam para a missa as fogaças (tabuleiros ornamentados) com doces natalícios, linguiças, morcela, carne de porco, feijões, milho e vinho para ofertar ao menino. No final da missa são leiloados no adro da igreja, revertendo, os fundos, para despesas da igreja.
Com esta tradição, que este ano será um pouco diferente, desejo a todos um FELIZ NATAL!
Ana Rita Ferreira
Bela recordação. E haverá continuação nos próximos anos. Tenhamos Esperança. Mas devemos tentar fazer a nossa parte, e aliviar os profissionais da saúde, no seu árduo desempenho.