O presidente da Câmara de Coimbra mostrou-se hoje otimista com o comportamento do rio Mondego que, na última madrugada, debitou mil metros cúbicos de água por segundo na Ponte Açude (Coimbra), sem alagar as margens a jusante.
“Graças ao desassoreamento [do rio] foi possível observar que passaram na Ponte Açude, onde é medido o caudal, mil metros cúbicos por segundo”, disse Manuel Machado aos jornalistas, no final da apresentação do projeto de requalificação da Mata Nacional do Choupal.
Segundo o autarca, os planos indicam que quando o caudal ultrapassa os 650 metros cúbicos, no máximo 700 metros cúbicos por segundo, é o alerta máximo de segurança.
Referindo que a noite passada foi “um bom teste de ‘stress’ para a segurança” do rio Mondego, o presidente do município de Coimbra sublinhou que o caudal atingiu os mil metros cúbicos por segundo e “não houve problema com o funcionamento dos diques e na capacidade de escoamento de águas”.
Manuel Machado salientou ainda que não houve alagamento das margens do rio, “contrariamente ao que antes acontecia praticamente todos os invernos”.
“Correu bem a gestão da bacia, que tem de continuar a ser cuidada”, salientou o autarca, recordando que só o rio Ceira, afluente do Mondego, não tem em grande parte do seu trajeto monitorização e pode trazer “riscos acrescidos”.
Em Penacova, as águas do Mondego galgaram as margens e, quando assim acontece, a praia fluvial do Reconquinho fica submersa, obrigando à reposição da areia para que no verão seja possível (esperamos) voltarmos a frequentar uma das mais bonitas praias do nosso país e uma, entre muitas, das mais apetecíveis do nosso concelho.
A Barca Serrana “O Tareco”, tão famosa pelas suas viagens turísticas, foi retirada a tempo do local onde se encontrava ancorada, evitando assim que fosse rio abaixo, como em anos anteriores (talvez por não ser pertença do município), não ficando assim prejudicada a continuação dos seus magníficos passeios no espelho de água do Mondego.