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Os pais devem ter tolerância e flexibilidade nesta nova fase de confinamento em que estão em teletrabalho com crianças em casa, recomenda a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) que é preciso que é preciso ter “expectativas realistas”.

Os pais devem ter tolerância e flexibilidade nesta nova fase de confinamento em que estão em teletrabalho com crianças em casa, recomenda a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) sublinhando que é preciso ter “expectativas realistas”.

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A OPP disponibilizou no seu site um conjunto de dicas para as famílias lidarem com o ensino à distância, mas também tem vários mini-testes que podem ajudar a perceber o estado emocional e a saúde mental das crianças, adolescentes e dos próprios adultos.

Reconhecendo que estar “fechado em casa com crianças de qualquer idade é um desafio exigente”, os psicólogos lançaram um guia para pais e educadores com estratégias que permitem aos alunos participar nas aulas e atividades para que a aprendizagem e o percurso letivo não fiquem em ‘standby’.

“É sem dúvida difícil para as crianças, mas é também um desafio para os pais que podem ter de gerir o apoio aos filhos de várias idades, com o teletrabalho e a rotina. É normal que se sintam ansiosos, preocupados, cansados, culpados ou incapazes, sem saber o que fazer ou como ajudar os filhos. Tolerância e flexibilidade são as palavras a ter em mente”, defendem os especialistas, em comunicado enviado para a Lusa.

Entre as recomendações, os psicólogos lembram que as pessoas precisam de continuar a “cuidar de si” para conseguir tratar dos outros.

Sobre o ensino à distância, a postura deve ser de calma: “Mantenha-se calmo, tenha expectativas realistas e lembre-se que não é professor do seu filho. É também fundamental encontrar tempo para si próprio e perceber que não está sozinho”.

Os psicólogos sugerem que pais e crianças criem em conjunto um horário semanal que inclua momentos de aulas, estudo autónomo, lazer e relaxamento. Este novo calendário deve ser adaptado à rotina familiar.

“É fundamental respeitar os momentos de intervalo para garantir a concentração e sempre que possível diferencie a zona de estudo da zona de lazer”, sublinha a OPP.

Os psicólogos defendem ainda que as famílias devem relativizar e ajustar o trabalho às circunstâncias familiares, uma vez que “quantidade não é necessariamente qualidade”.

Quando possível, os pais e encarregados de educação devem “mostrar o caminho, motivar, apoiar e dar o exemplo, sem estudar pela criança/adolescente. O objetivo é conseguir acompanhar, promovendo o estudo autónomo”.

Neste processo de confinamento, os pais nunca devem esquecer que é preciso “incentivar competências de organização e estudo e elogiar as conquistas” e que se é importante estabelecer objetivos elevados estes também devem ser realistas, “para estimular a aprendizagem e ajudar a superar as dificuldades”.

Além destas sugestões para o dia-a-dia em confinamento com crianças a estudar em casa, a OPP criou também um mini-questionário para avaliar o bem-estar das crianças e adolescentes e também dos adultos.

Disponível no ‘site’ da ordem, “Como me Sinto — Checklist sobre Crianças e Adolescentes” pode ser respondida pelos pais, que pretende ajudar a perceber como se têm sentido os filhos nas últimas duas semanas.

Também existe uma ‘checklist’ que pode ser preenchida pelos adolescentes e outra para os adultos.

A Ordem sublinha que os resultados não são um diagnóstico psicológico, mas servem para ajudar a pensar sobre a criança ou adolescente. E no caso de as famílias se sentirem preocupadas, a OPP lembra que existem os psicólogos escolares assim como a linha de aconselhamento psicólogo que está disponível através do SNS 24 (808242424).

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