A Medronhalva, empresa com sede em São Pedro de Alva, Penacova, tem sido pioneira no combate à proliferação da a mimosa (Acacia dealbata), espécie infestante com enorme implantação no nosso concelho, principalmente nas margens dos rios e ribeiras, nas encostas de matos e floresta e em muitos terrenos abandonados.
Nesta altura do ano as mimosas tornam-se mais visíveis uma vez que se encontram em plena floração, com os típicos aglomerados globosos de flores amarelas.
Recorrendo a várias técnicas devidamente testadas e adaptadas à densidade de mimosas e ao seu crescimento, a empresa propriedade do penacovense Carlos Fonseca, biólogo e professor na Universidade de Aveiro, tem recorrido com frequência à gestão do crescimento daquela espécie infestante nas parcelas da Roda, Bajunca e Cassote, designadamente recorrendo ao arranque de mimosas jovens, com especial incidência no tempo húmido, dependendo a eficácia do método da frequência com que é efetuado.
Na página do facebook da empresa, consegue-se perceber o método utilizado para controlar aquela espécie infestante. Na primeira fase, procede-se ao arranque das plantas jovens que deve ser efetuado várias vezes ao ano, durante vários anos. Numa segunda fase, descasca-se o tronco da mimosa adulta à altura do peito. Passados alguns meses, já com a árvore seca, pode-se aproveitá-la para, por exemplo, fazer lenha. O ensombramento é a última fase, com recurso a telas escuras que evitam o crescimento de mimosas (e de outras espécies), e que só é aplicada em casos extremos, quando a densidade de pés de mimosas é elevada, sobretudo em núcleos confinados. Nesta fase, a instalação das telas é acompanhada de plantação ou manutenção de medronheiros, que ficam entre as telas ou no seu meio. Finalmente, com as infestantes controladas, os medronheiros, planta em que assenta a toda atividade da Medronhalva, irão, no futuro, proporcionar um ensombramento natural, retirando-se, nessa altura, as telas usadas.