Penacova é terra bela como as moças que de cá são
Ela está sempre à janela cotejando o seu Mondego
Elas sempre longe da cela a mostrar desassossego
Mais parecem as Cinderelas desfazendo o coração
Penacova é terra serra com bravuras sem mais não
Os homens não são altivos mas erguem bem o seu ego
Eles quase sempre bem dispostos e capazes ao serão
Ela eterna, vaidosa, alegre, capaz de dar vista ao cego
Afagada pelas colinas que lhe dão sombra no rio
Cheirando o amarelo das suas ternas mimosas
Assim vai sonhando lento sem apanhar calafrio
Aos seus filhos dá sorrisos e festinhas carinhosas
Aos Aristas recepção colorida e tratamento com brio
E à Beira dá charme, vizinhança sã e lições ambiciosas
Luís Pais Amante
Ao ver o nascer do dia na minha terra, Penacova, com uma cacofonia no ar dos animais madrugadores (corvos, melros, pintassilgos, galos, galinhas, cabras, rãs) absolutamente arrebatadora.
Esta simbiose Penacova, Mondego e suas gentes vai para além da nossa compreensão. São como elos contínuos que amarram sem prender. Suas colinas são o regalo para os olhos que as veem na paisagem; seus ares a força que anima os pulmões; o Mondego a História e o poema que nos cultiva.
Penacova é uma paixão platónia …um amor irreal e fantasioso.
( correção )
Penacova é uma paixão platónica …um amor irreal e fantasioso.