A Fundação Gulbenkian vai disponibilizar ao Governo 50 unidades móveis para apoiar a vacinação contra a covid-19, e as primeiras cinco fazem-se à estrada já na quinta-feira, rumo a Norte.

As primeiras cinco unidades móveis foram hoje apresentadas numa cerimónia em frente do Museu Calouste Gulbenkian, em que o secretário de Estado da Saúde e a presidente da Fundação sublinharam a importância da parceria para levar a vacinação a todos os recantos do país.
“Estas carrinhas são particularmente importantes para o acesso, por exemplo, a pessoas acamadas, em zonas de menor densidade populacional ou mais remotas do país”, sublinhou o secretário de Estado, Diogo Serras Lopes.
Para Isabel Mota, a iniciativa dá corpo a um lema antigo da Fundação Gulbenkian: estar onde é preciso.
“No meio de todas estas vontades e energias que estão a ser mobilizadas para a vacinação, há nichos em que não é fácil que as pessoas tenham o mesmo acesso. O nosso compromisso é estar ao pé dos mais vulneráveis”, explicou a presidente.
Do total de 50 unidades móveis, as primeiras vão apoiar a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), centrando-se sobretudo em cinco áreas: Gerês Cabreira, Alto Tâmega e Barroso, Marão e Douro Norte, Douro Sul e Feira Arouca.
“Vão sobretudo para as populações que estão acamadas e dependentes”, referiu o presidente da ARS Norte, Carlos Nunes, precisando que estão aí contabilizadas cerca de 25 mil pessoas nessa situação.
Depois desta primeira fase piloto no Norte, as restantes carrinhas, que permitem a vacinação ao domicílio e dentro das unidades de maior dimensão, vão ser disponibilizadas ao resto do país.
Também presente na cerimónia, o coordenador da ‘task force’ para a vacinação contra a covid-19 também elogiou a disponibilização dos equipamentos, considerando que é ilustrativa da capacidade de adaptação necessária para cumprir o plano.
“Estas carrinhas representam não só uma preocupação massiva, mas também de encontrar aquelas pessoas que fugiriam à organização massiva porque estariam acamadas ou isoladas. É um exemplo dessa adaptabilidade que temos de ter ao processo”, disse o vice-almirante Gouveia e Melo.