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Há projetos que merecem destaque e este é um deles, não só pela qualidade dos vinhos, mas também pela forma como entram e se posicionam no mercado. Um projeto pensado durante vários anos, foca-se principalmente em vinhos brancos (mas não só!) e é resultado do trabalho de dois enólogos portugueses.

Apesar da formação comum em enologia, os criadores do Lés-a-Lés tiveram percursos profissionais diferentes. Jorge Rosa Santos dedicou-se principalmente à sociedade agrícola da sua família em Estremoz, no Monte do Mata Mouros, onde se produz, entre outros, o Explicit. Também colabora com o Casal Santa Maria, na região de Colares. Já Rui Lopes trabalhou no início da sua carreira na Herdade da Malhadinha Nova no Alentejo para depois integrar o projeto dos vinhos Monte Cascas. Foi no Douro que os enólogos passaram a trabalhar juntos e  começaram a desenvolver o Lés-a-Lés, para gáudio dos apreciadores de vinhos únicos e com personalidade.

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Para além da qualidade superior dos vinhos, o outro fator que ajudou este projeto a alcançar um enorme sucesso foi a sua imagem. Vencedores do prémiro Communication Arts Design Annual 2018 – Award of Excellence, os rótulos dos vários vinhos remetem a bilhetes antigos de comboio, executados de forma moderna, divertida e cativante. O rótulo dos vinhos Lés-a-Lés reflete na perfeição a ideia deste projeto, uma viagem pelo país por diversas regiões clássicas.

Estes são os vinhos já lançados:

Sério de Síria, talvez o vinho menos ousado, mas que não deixa de ser delicioso. 100% Síria, da Beira Interior, de uma vinha a 650 metros de altitude.

Arinto de Pedra e Cal: produzido em Bucelas, com a casta rainha da região. Fresco e salino, uma bomba para os amantes de vinhos com nervo.

Medieval d’Ourém: onde o tradicional palhete (80% Fernão Pires e 20% Trincadeira) é reproduzido de forma exímia.

L’Immigrant: uma abordagem diferente à casta Sauvignon Blanc. O mosto fermenta e estagia em barricas, o que confere à casta uma personalidade completamente diferente daquilo a que estamos habituados.

A última novidade é o Apeadeiro. Produzido numa região onde predomina a produção de espumantes, Távora-Varosa, este branco também vai buscar a frescura da montanha, em que as uvas provêm de uma vinha a 700 metros de altitude. Este branco é feito a partir da mistura das castas Cerceal e Malvasia Fina. Fermentação e Estágio sobre borras finas, totalmente em inox.

Todos os vinhos apresentam a classificação DOC (Denominação de Origem Controlada), à exceção do L’Immigrant que é classificado como Vinho Regional Lisboa.

Sabe-se também que já foi plantada uma vinha em chão de areia da magnífica casta Ramisco, em Colares. Um trabalho de preservação de património que é de louvar e que me deixa com uma enorme curiosidade para o que aí virá!

Ricardo Ferreira, escanção, natural de Penacova, assina a rubrica sobre vinhos do Penacova Actual

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