A creche do Centro Social e Paroquial de Lorvão localiza-se na rua do bairro, em Lorvão, onde predomina uma paisagem verdejante.
Tem capacidade para 50 crianças e acordo de cooperação para 19 e é composta por Berçário (4-12 meses); Sala de Transição (12- 24 meses) e Sala dos 2 anos (24-36 meses). Da equipa técnica fazem parte 1 educadora de infância e 3 ajudantes de ação educativa. Neste momento, encontram-se a frequentar a creche 15 crianças das várias localidades da freguesia e de outras localidades do concelho. As atividades e serviços prestados pela creche, e definidos por lei, envolvem cuidados na nutrição e higiene pessoal, atendimento individualizado, atividades pedagógicas, lúdicas e de motricidade e disponibilização de informação à família sobre a creche e o desenvolvimento da criança.
Inicialmente, as creches surgiram como forma de colmatar a necessidade de acompanhar as crianças na impossibilidade das famílias não o poderem fazer. Atualmente a creche é vista não só como um espaço de cuidado mas também de aprendizagem, necessitando, por isso, de adultos conscientes das suas ações, que compreendam a creche e que acompanhem a criança no seu desenvolvimento e aprendizagem. A construção de modelos ou currículos para a creche são considerados essenciais, encarando a criança dos 0 aos 3 anos como um cidadão com direitos e como um aprendiz ativo e competente.
O entendimento de que o principal objetivo da creche é a guarda da criança está agora complementado por um ênfase na educação, legitimando e obrigando à presença de educadores de infância nas creches. Ir para a creche é a oportunidade de viver num grupo de iguais, de brincar, de conversar num ambiente social de aceitação e de confiança. É também a possibilidade de adquirir novas e positivas experiências cognitivas, afetivas, sociais e emocionais.
Efetivamente, há alguns anos atrás, as nossas brincadeiras eram na “rua”. Atualmente, pode dizer-se que estão mais seguras, no entanto, muitos problemas vêm associados a essa segurança, nomeadamente, a falta de socialização e de contacto com outras crianças, o problema do acesso aos telemóveis e tablet`s cada vez mais em idades mais precoces e os problemas que daí advêm, a superproteção, a falta de movimentação, do brincar e ser ativo, a capacidade de experimentar e de descoberta, considerado pelo Prof Carlos Neto como um dos maiores problemas do séc. XXI.
Devem libertar-se, em certa medida, as crianças, não ter medo que corram risco, deixar que sejam autónomas, caso contrário teremos crianças cada vez mais dependentes e inseguras.
Durante o tempo de confinamento realizaram-se alguns vídeos com as histórias e canções que as crianças mais gostam e propôs-se às famílias a realização de inúmeras atividades que poderiam desenvolver com as suas crianças em casa.
Em contexto de creche não há muito para reinventar. A criança, para além de todos os cuidados já referidos que implicam um contacto direto, necessita do contacto com os colegas e com os adultos de referência, do abraço, do brincar lado a lado, do tocar. Logicamente, todos os cuidados de higiene que esta pandemia obriga são tidos em conta, não descurando a sua segurança e também a nossa.