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Luís Antunes, Presidente do Conselho de Administração da APIN

Constituída há dois anos, a APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior nasceu baseada em cinco princípios: promover a qualidade do serviço prestado, potenciando a satisfação dos clientes; aumentar a eficiência operacional, mantendo proximidade com os utilizadores; garantir equidade entre os utilizadores, sendo socialmente responsável; privilegiar a economia circular: redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia; fomentar uma cultura de inovação, desenvolvimento e de melhoria contínua.

Cobrindo uma área com 1.900 km2, com cerca de 60 mil clientes, da APIN fazem parte os municípios de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares.

Concelhos do Pinhal Interior onde vão agora para o terreno várias empreitadas planeadas nos últimos meses e que dificilmente seriam executadas sem esta agregação de municípios em torno do mesmo objectivo.

CRIÇÃO DE EMPREGO

A par com a melhoria do serviço em áreas tão importantes como são o abastecimento de água, o saneamento e a recolha de resíduos, a criação da APIN está ainda a contribuir para a criação de emprego na região que serve. A empresa é actualmente composta por 186 colaboradores e prevê chegar ao final do ano ultrapassando a barreira dos 200 trabalhadores. Destes, 37 são funcionários das autarquias, absorvidos ao abrigo de contratos por Acordo de Cedência de Interesse Público que desempenhavam funções relacionadas com as áreas de actuação da APIN.

Distribuídas e afectas aos vários departamentos da empresa, as equipas encontram-se repartidas entre os vários concelhos do sistema. «A equipa é hoje composta por um vasto leque de profissionais das mais variadas áreas de formação e especialidades.

A APIN orgulha-se de poder contribuir para a criação de emprego e de proporcionar um ambiente de trabalho positivo», refere o seu Conselho de Administração.

GRANDES INVESTIMENTOS DA APIN ARRANCAM EM JULHO

No primeiro semestre deste ano foram lançadas 28 empreitadas que a partir do próximo mês vão para o terreno. O plano global de investimentos da empresa ronda os 137 milhões de euros, dos quais 37 serão executados nos primeiros cinco anos de actividade

Os concelhos que a APIN abrange estão a usufruir de significativas melhorias na qualidade dos serviços de abastecimento de água, saneamento e gestão de resíduos, «ao invés dos municípios isolados que não tinham e continuam a não ter, como é de conhecimento público, capacidade para profundos investimentos neste sector», afirma Luís Antunes, Presidente do Conselho de Administração da APIN.

Esta agregação de municípios, concretizada em 2019, assegura a sustentabilidade dos serviços na região, através do reforço de investimento e do acesso a fundos comunitários do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), que permitem avançar com obras nos concelhos da empresa intermunicipal.

Integram a APIN os municípios orgânica de resíduos urbanos”, remata Luís Antunes Até ao final do primeiro semestre de 2021 «avançamos com 28 empreitadas, temos em curso procedimentos públicos, lançamentos de empreitadas e assinaturas de Autos de Consignação dos primeiros grandes investimentos, em vários municípios que integram a APIN», anuncia Pedro Batalhão, director executivo, responsável pelo departamento de Engenharia e Qualidade da APIN.

Já a partir de Julho, seguem-se mais concursos para obras novas e de requalificação nos concelhos de Ansião, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Penacova e Pampilhosa da Serra, como acrescenta Pedro Batalhão de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares. Uma área de cerca de 1.900 km2, com cerca de 80 mil habitantes, dos quais perto de 60 mil são clientes.

Como explica Luís Antunes, a APIN estabeleceu critérios rigorosos de eficácia, eficiência e economia na prossecução dos seus objectivos. «É com estas premissas que a APIN pretende alcançar uma redução significativa do nível de perdas e de infiltrações ao longo dos próximos 20 anos, através de um investimento regular na renovação de redes, alcançar um aumento generalizado da taxa de cobertura dos serviços de água e saneamento e promoção da reciclagem multimaterial e valorização orgânica de resíduos urbanos”, remata Luís Antunes

Até ao final do primeiro semestre de 2021 «avançamos com 28 empreitadas, temos em curso procedimentos públicos, lançamentos de empreitadas e assinaturas de Autos de Consignação dos primeiros grandes investimentos, em vários municípios que integram a APIN», anuncia Pedro Batalhão, director executivo, responsável pelo departamento de Engenharia e Qualidade da APIN.

Já a partir de Julho, seguem- se mais concursos para obras novas e de requalificação nos concelhos de Ansião, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Penacova e Pampilhosa da Serra, como acrescenta Pedro Batalhão.

OBRAS EM LANÇAMENTO

Alvaiázere

As primeiras empreitadas são obras referentes à extensão da rede de Águas Residuais e ligação à ETAR de Alvaiázere e alargamento do sistema de Águas Residuais de Barroso e ligação à ETAR de Venda dos Olivais.

Castanheira de Pera

Estão contempladas obras de expansão da rede de abastecimento de água em baixa, reformulação do Sistema de Adução às localidades de Bolo e Casalinho; Redução da Poluição Urbana nas massas de água em Sarzedas com a construção e remodelação da ETAR de Sarzedas; Obras de Ligação à ETAR de Castanheira de Pera através da construção e remodelação do Sistema de Águas Residuais de Corga, Pera, Bolo, Torgal e Palheira; Execução do Sistema Elevatório e Emissário de ligação do Sistema de Águas Residuais de Anchas/ Troviscal e Dórdio construção da ligação à ETAR de Castanheira de Pera.

Lousã

Vai avançar-se com a expansão da rede de abastecimento de água da Lousã (Centro) até Serpins que contribui para a construção da extensão da rede de água, através de uma conduta da Lousã (via reservatório do Aeródromo) até Serpins; Investimentos em melhoramentos na rede de abastecimento de água a partir do lugar de Quatros Águas até Casal de São Miguel que contribuem para a estabilização do abastecimento de água, de modo a reduzir as perturbações no fornecimento de água à população e para melhorar a qualidade da água distribuída na freguesia.

Pedrógão Grande

A construção de redes de saneamento de águas residuais vai permitir ligação do sistema de São Mateus, Vale do Barco e Vale do Góis a ETAR; Obras de expansão de redes de saneamento de águas residuais de Pinheiro Bordalo, Altardo, Graça, Casal dos Ferreiros e Casal da Francisca para assegurar ligação à ETAR de Atalaia; construção de redes de saneamento de águas residuais com ligação à ETAR de Derreadas e na Tojeira para ligação à ETAR de Pesos.

Vila Nova de Poiares

Projecto piloto de recolha de materiais recicláveis porta-a-porta pretende incentivar e sensibilizar os munícipes a separar o lixo nas suas habitações.

Penela

A empreitada divide-se por diferentes fases, no que diz respeito ao projecto da Despoluição integrada da Bacia do Dueça – Execução de redes de saneamento de águas residuais e construção da ligação à ETAR Quinta de Cima.

INVESTIMENTO DE 4 MILHÕES PARA REDUZIR PERDAS DE ÁGUA

 

Pedro Batalhão, director executivo da APIN

Integrado no Plano Estratégico de Controlo de Perdas do Sistema de Abastecimento de Água, o projecto de Eficiência Hídrica da APIN «contempla um investimento acima dos 4
milhões de euros, é transversal a todos os 11 concelhos e tem como objectivo primordial reduzir perdas nos sistemas de distribuição e adução de água», explica Pedro Batalhão, director executivo da empresa intermunicipal. Este investimento traduz-se em aquisição de equipamentos de controlo, medição e telegestão para a antecipação de fugas de água.

Está prevista a instalação de medidores de nível nos reservatórios e medidores de pressão nas zonas de monitorização e controlo (ZMC) instaladas nas redes de distribuição, bem
como a substituição de condutas com perdas elevadas e o uso de software de telemetria (para a monitorização de perdas e fugas) e o software de optimização de programas de recepção de perdas e fugas.

«A aposta na área da eficiência hídrica é uma necessidade urgente a nível global. Até chegar ao consumidor final, há uma grande quantidade de água que se perde (estima-se superior a 50% na região), por exemplo, através de fissuras ou roturas que possam surgir durante o transporte», esclarece Pedro Batalhão.

Ao evitar essas fugas de água, antecipando-as, e reduzindo consideravelmente as perdas nos sistemas de distribuição, a APIN consegue uma maior qualidade do serviço prestado
aos municípios e um menor desperdício de água.

CENTRAL DE GESTÃO DE OPERAÇÕES

Também enquadrada nesta área da optimização dos recurso, a APIN está em fase de implementação de uma Central de Gestão de Operações que prevê a monitorização e garante o eficaz funcionamento da telegestão. As redes de abastecimento de água são caracterizadas por várias instalações geograficamente distribuídas pelo Sistema APIN numa vasta área geográfica. A telegestão consiste num sistema de monitorização e controlo à distância, e em tempo real, das instalações de abastecimento. A rede hidráulica é extremamente complexa, integra órgãos hidromecânicos associados ao controle das aduções à conduta de interligação das múltiplas origens de água que a aduzem, câmaras de válvulas, reservatórios de armazenagem, estações sobrepressoras e estações  levatórias e unidades de tratamento de água.

A equipa afecta a estas funções garante a recepção e encaminhamento de participações de avarias, roturas e/ou interrupções de abastecimento de água, de todo o território
APIN, activando as equipas de piquete da APIN.

RECOLHA SELETIVA PORTA-A-PORTA INCENTIVA À SEPARAÇÃO DO LIXO

APIN lança este ano a operação “Porta-a-Porta”, um projecto piloto a ser implementado na freguesia de Lavegadas, em Vila Nova Poiares, que pretende implementar um sistema de recolha selectiva e incentivar e sensibilizar os munícipes a separar o lixo nas suas habitações.

Este programa, resultante de uma candidatura aprovada pelo POSEUR- Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, aplica-se a 196 alojamentos, 67 empresas da zona industrial e 67 edifícios de comércio local. A operacionalização deste projecto contempla a aquisição de três contentores para armazenamento de resíduos e aquisição de viaturas para a recolha selectiva de resíduos urbanos e capacitação e formação aos munícipes para a adesão ao sistema de recolha porta-a-porta.

No âmbito da candidatura “BIO-APIN” ao POSEUR, que tem como objectivo a valorização orgânica de resíduos urbanos biodegradáveis, a APIN avança com Sistema de Recolha
Selectiva de Bioresíduos, nas freguesias de Gândaras, União das freguesias de Foz de Arouce e Casal de Ermio e União das freguesias de Lousã e Vilarinho do concelho da
Lousã.

A operação prevê um investimento de aproximadamente 810 mil euros (o apoio do Fundo de Coesão corresponde a 85% do valor elegível) beneficiando cerca de 15.419 habitantes.

Este projecto visa disponibilizar aos munícipes uma alternativa para gerir os resíduos orgânicos que produzem nas suas habitações e evitar a sua deposição em aterros, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente territorial. Vai proceder-se à aquisição de eco boxes (contentores de proximidade) de 360 litros, de baldes
domésticos de 5 litros, contentores de 140 litros para utilizadores não domésticos (estabelecimentos de restauração e bebidas e hotelaria, nos quais a recolha se realiza porta-aporta) e de viaturas para recolha selectiva de bio resídu

UMA CONSTANTE PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

Rui Simões, director executivo da APIN

«Proteger e preservar o ambiente e promover a eficiência no uso dos recursos é uma das principais preocupações da APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior». A garantia é dada por Rui Simões, director Executivo da APIN, que reforça este compromisso com vários projectos na área dos resíduos que estão em fase de lançamento.

Um dos mais importantes, no que diz respeito à qualidade de vida no dia-a-dia dos cidadãos, tem a ver com a higienização dos equipamentos de depósitos de resíduos de modo a que se garanta uma utilização não apenas limpa mas também segura.

«Está previsto que a APIN avance com a higienização de mais de 15 mil equipamentos de depósito de lixo em Julho, mais quatro mil do que na fase anterior. Vamos também reforçar
o parque de contentores com a aquisição de 800 unidades novas para substituição dos caixotes que se encontram degradados», anuncia Rui Simões.

A APIN garante o serviço de higienização nos 11 concelhos que constituem o Sistema. São equipamentos sujeitos a grande desgaste diário, devido à deposição e armazenamento temporário de resíduos, o que leva a APIN a realizar este trabalho com maior frequência. O processo de limpeza é assegurado por uma viatura “lava-contentores” que remove interna e externamente os resíduos e os odores, permitindo melhores condições de higiene nas vias públicas, onde se localizam os contentores.

Esta operação é acompanhada por uma equipa especializada que antes de colocar os contentores na viatura, procede a uma lavagem de alta pressão de água e tem cuidados
específicos com a desinfecção de rebordos, tampas e exterior dos equipamentos. A limpeza termina com a aplicação de um produto desodorizante e recolocação dos contentores
de superfície nas localizações iniciais, com as tampas fechadas.

No seguimento da higienização dos equipamentos que se encontram em bom estado, a APIN renova o parque de contentores para o lixo indiferenciado, distribuindo um total de
800 unidades. «Com estes novos equipamentos consegue aumentar-se a capacidade de recolha, permitindo o acondicionamento dos resíduos de forma mais segura e mais higiénica».

Neste contexto, a APIN apela à colaboração de todos para a devida utilização dos mesmos. «Ruas limpas e ambiente mais saudável é da responsabilidade de todos, devem fechar-se devidamente os sacos do lixo, antes de os colocar nos contentores. Relembramos que deixar sacos com lixo no chão, junto aos contentores, provoca efeitos prejudiciais à saúde pública. Outra recomendação para evitar odores e proliferação de bactérias, é a de não vazar resíduos líquidos nos contentores», alerta ainda Rui Simões.

O programa de Compostagem Doméstica e Comunitária, transversal a todo o território da APIN, visa a diminuição da quantidade de resíduos orgânicos depositados em aterros.
A sua implementação prevê a distribuição de 27.504 compostores domésticos de 310 litros pelos alojamentos e de 116 compostores comunitários de 660 litros em estabelecimentos
de ensino, IPSS e centros operacionais da APIN. O custo do investimento é de cerca de 1,3 milhões de euros, tendo como apoio do Fundo de Coesão o correspondente a 85%.

Segundo Rui Simões, «a compostagem doméstica é um processo sustentável que permite a transformação de resíduos orgânicos num composto rico em nutrientes, 100%
natural, que pode ser utilizado como fertilizante orgânico, melhorando a composição e estrutura do solo e possibilitando a substituição de alguns fertilizantes químicos».

A APIN pretende, com a disponibilização de compositores, incentivar os cidadãos a esta prática que «vai, seguramente, diminuir a quantidade de lixo depositado nos aterros e, consequentemente, contribuir para um planeta mais sustentável», acrescenta o director executivo. A operação contempla, ainda, formação sobre os benefícios e a metodologia usada na compostagem doméstica para facilitar e motivar os utilizadores à sua adesão.

Originalmente publicado na edição impressa do Diário de Coimbra de 14.06.2021

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