«A digitalização das empresas é uma inevitabilidade nos dias de hoje». Foi esta a conclusão do último painel da iniciativa «Ponto Empreendedorismo», uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial da Barrada e Aguieira e do município da Mealhada, através do Espaço Inovação da Mealhada, que se realizou quinta e sexta-feira no Cineteatro Messias.
Mónica Sofia Lopes – Diário de Coimbra
«Antes da pandemia ninguém estava à espera deste aceleramento. Passámos a usar o MBWay, o contactless e a intensificar, por exemplo, o delivery», começou por referir Jorge Brito, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, defendendo que «a digitalização para as empresas é um factor de competitividade» e que «há um conjunto de apoios, incentivos e oportunidades financeiras para a transição digital». «O quadro de oportunidades existe», referiu, sublinhando, contudo, que «a questão administrativa /apoios seja ainda o mais complicado para as interessadas». «Não há nada pior para uma empresário que a imprevisibilidade, nomeadamente nos tempos de resposta», disse anula.
Cláudio Matos, vice-presidente da direcção da ACIBA, lamentou que «os empresários tenham falta de apoios, ao nível de tesouraria, e de recursos humanos na nossa região». Uma declaração corroborada por Jorge Brito, que explicou que «nada se faz sem pessoas. e que «a economia tem falta de recursos humanos, essencialmente dos sectores primários».
Celso Simões, do Gabinete de Desenvolvimento Económico e Social da Câmara de Penacova, referiu que «a digitalização é uma inevitabilidade», mas focou também o facto de a «sustentabilidade ambiental ser já uma grande preocupação do público». Filomena Pinheiro, do Turismo Centro de Portugal, disse também que, com a pandemia, «o digital foi uma forma de manter os destinos vivos».
Presente no debate, Rita Sousa, da “ACASOby Rita”, explicou que «a marca foi criada e trabalhada em plena pandemia» e o lançamento aconteceu no passado Ines de Fevereiro. «Foi um trabalho de muitos meses de pesquisa que culminou numa loja online e por isso não precisei de grande invest
Antes do painel de encerramento, Nuno Canilho, vereador na Câmara da Mealhada, falou de «Cultura» e da «revolução tecnológica» que a pandemia lhe trouxe. «Quantos espectáculos assistimos nós em directo até Março de 2020? Hoje todas as acções culturais que se realizam têm o “streaming” em cima da mesa», referiu o autarca, garantindo que a cultura se tomou «mais democrática, mais acessível e mais directa». «Há grandes oportunidades de negócio nesta área. O investimento público vai diminuir, mas, por outro lado, o investimento privado vai crescer», defendeu, declarando que o público também está mais exigente: «Hoje quando vejo um filme quero também ver o seu backstage hoje não quero só saber que o pão da Mealhada é interessante, quem também fazer o pão».