Hoje com os primeiros frios de outono a fazem sentir-se apetece aconchego. Foi por isto que assim, em cima do acontecimento, decidi mudar as palavras que vão sair daqui do frio da Serra. Hoje a madrugada pedia palavras ternurentas que adoçassem este frio que tanto gosto. É só por isto, e por uns poucos mais, que hoje as palavras são do amigo de tantos anos, António Catela. Conheci o Catela noutro mundo (também ele dominado por palavras, nalguns casos pura verborreia…) que não o da literatura. Travámos conhecimento em confrontos políticos, mas sempre senti mais o poeta do que o animal politico que sei que é. Os nossos confrontos políticos, dada a realidade penacovense, não poderiam ser mais extremados eu vestindo a camisola comunista e ele a da social democracia. Já nessa altura se sentia nas suas intervenções mais a veia humana e menos a do liberalismo (vai sem adjectivo para não ferir nenhuma susceptibilidade…). Lia com interesse os textos do blog do Catela e um dia perguntei-lhe porque não um livro, a resposta foi que já havia. Rapidinho o correio me fez chegar às mãos um exemplar devidamente autografado de tudo num momento, que hoje vos deixo.
António Catela
Tudo num momento, do blog ao livro
“Um dia, já sem vento para me empurrar, descobri-me parado no meio da vida , com o tempo contado à espera da salvação.”
“Afinal, apesar de te dar estes pensamentos vou continuar a ser dono deles para sempre!”
Sinopse
Catela transborda Amor e Sonho.
Em todas as suas manifestações. Os textos são curtos, mas de uma intensidade brutal, por vezes dolorosa, outras de uma alegria quase pueril. Sente-se em cada um a força do Sentir. É esse Sentir que caracteriza o Catela, um Sentir de pele, um Sentir de coração, um Sentir de alma. O livro comporta textos autobiográficos, onde, quem conhece o Catela, o encontra em todas as frases, e outros de uma imaginação sublime. Nestes últimos, os que brotam da imaginação, é muito fácil revermo-nos em momentos mais ou menos duros, em situações de perda e procura, de encontro e desencontro, de multidão e solidão.
Boa semana, com livros!!!
Anabela Bragança