Em 1933, um grupo de amigos de António José de Almeida reuniu as suas intervenções de político, escritor, jornalista e orador em quatro volumes, intitulados Quarenta Anos de Vida Literária e Política. Cem anos após a sua Presidência (1919-1923), o Museu da Presidência da República e a Imprensa Nacional reeditam os textos mais relevantes do quarto volume, relativos ao período da vida de António José de Almeida enquanto chefe do Estado.
Numa edição enquadrada pelos textos de Luís Reis Torgal, Ana Paula Pires e Elsa Santos Alípio, são revistos os momentos mais importantes dos quatro anos de mandato de António José de Almeida. António José de Almeida — 100 Anos de Uma Presidência é pois uma obra imprescindível para conhecer melhor uma das personalidades mais emblemáticas do início do século XX português.
Esta edição é ainda apoiada por um conjunto de imagens referentes, sobretudo, ao período em que António Manuel de Almeida teve à frente da Presidência do País e será apresentada amanhã, dia 2 de novembro, pelas 18 horas, no espaço da exposição permanente, do Museu da Presidência da República (MPR) .
Presidente da República eleito para o mandato de 1919-1923, António José de Almeida foi o sexto presidente e um dos rostos que mais se destacou na I República.
«Médico de formação, António José de Almeida (1866-1929), natural de Vale da Vinha, São Pedro de Alva, Penacova, enveredou simultaneamente pela política e pelo jo issornalismo com o denominador comum do gosto pela palavra: escrita e falada. Colaborou em diversos jornais, desde os tempos de estudante universitário, e desenvolveu uma capacidade oratória que ganharia protagonismo com a propaganda republicana. A sua eloquência — num estilo muito próprio do seu tempo — ganhou fama e muitos espectadores, nomeadamente nos comícios do Partido Republicano. Numa Presidência que quis ser de união e concórdia entre todos os portugueses, mas que vivenciou momentos de grande perturbação política e social — dezassete governos em quatro anos —, foram muitos os discursos e as mensagens. Mais do que da imagem, a Política desse tempo vivia da palavra, e António José de Almeida era reconhecido como um dos melhores nesse domínio.»
Este título é uma coedição da Imprensa Nacional com o Museu da Presidência da República.
Engraçado, sempre ouvi chamar-lhe António José de Almeida!!
“… António Manuel de Almeida foi o sexto presidente…”.
Isto devem ser os efeitos dos finados!