Nota do Autor
Caros Leitores
Este Livro -que aqui vos dou- chamado simplesmente “INQUIETUDE”, pelas pessoas que a ele estão mais ligadas, nasceu no período em que fomos sendo atingidos por esse vírus monstro, louco (Covid 19).
Não sabendo eu a reação que cada um de vós teve -ou foi tendo- ao longo deste tempo demasiado longo, devo dizer que se retrata aqui a minha atitude pessoal perante o fenómeno que, naturalmente, teve influência nas vidas dos que me são mais próximos (Família, Amigos, Colaboradores, Clientes, Colegas mais próximos).
É um livro sem retoques!
É um livro autêntico!
É um livro sem filtros!
E é um livro leal!
… Porque expressa exactamente as minhas reações (as reações do escritor que sou) no exacto momento da vivência dos acontecimentos, qual repórter em tempo de guerra.
Aliás
Essas expressões das vivências foram enviadas religiosamente às Pessoas com as quais mais contactos tenho e ao Jornal da minha terra, Penacova – O Penacova Actual – que fez o favor de publicar em cima da hora, não só poemas, mas também as “Crónicas de um prisioneiro” que foram exteriorizando o meu sentir.
Obrigado Pedro Viseu, Amigo do peito!
Obrigado Amigos do WhatsApp!
Obrigado a quem leu, a quem comentou, a quem incentivou e a quem partilhou!
Em contexto desta natureza, não poderia eu, agora, alterar fosse o que fosse na edição e, daí, a conjugação adjectiva que acima fiz.
Eu acho que estamos todos de acordo com o facto de se tratar de um violento sufoco o que nos aconteceu com a estupefacção da chegada, do avanço e da propagação desta epidemia; principalmente o sufoco que atingiu as pessoas mais idosas, mais desprotegidas e mais vulneráveis deste nosso País que está a perder a coluna vertebral.
Ficámos -e continuamos- todos cheios de medo, por muito fortes que sejamos ou digamos ser.
O maldito do vírus não rejeita nenhum portador (até é democrático) e esse facto simples provoca muito receio, muita incerteza, muita mortandade.
!…Lembremo-nos que nada do género ainda tinha acontecido às pessoas da nossa geração…!
Tinha acontecido a noite negra e tenebrosa do fascismo e a maldita da guerra colonial … e o temor do IHV, se bem se recordam.
Enfiado em casa, aconselhado a não sair, passei momentos complicados, sobretudo a pensar no que poderia acontecer à minha Família e nos netos todos que me fizeram, mesmo, muita, muita falta.
Daí a sua dedicatória“ aos meus Filhos”, Filipe e Carolina, que nos ajudaram muito!
Também nos ajudaram muito -e merecem destaque e gratidão nesta sede- a “nossa Médica” Joaninha …
… o Pedro, o Alexandre e a Sónia Queimada!
E foi nessa aflição que me vinguei na escrita para aí descarregar a minha dor, a minha irritação e, também, a minha angústia.
O Livro (poesia e pensamento em tempo de Inquietude) é a expressão pura de parte de tudo isso que, no meu caso, representou uma produtividade muito alta, como muito provavelmente vamos observar noutra ocasião.
Felizmente, estamos a começar a encontrar a normalidade na vida, nos seus objectivos e na sua expressão maior, ligada à sociabilidade, que é -para mim- só a característica mais diferenciadora do ser humano: sorrir para alguém próximo, abraçar, beijar, acarinhar.
O Prefácio -sublime como podem verificar- é assinado pela Minha Querida Amiga, Maria Fernanda Alexandre, Psicanalista muito reconhecida, a quem devo muitos conselhos nesta arte da escrita e que é minha vizinha e, portanto, mereceu também ela a minha constante preocupação nesse tempo complexo.
A obra, em si, tem dois Capítulos: A Poesia e as Crónicas em pensamento.
A Poesia está agrupada em cinco sub capítulos: …apreender e transmitir o tempo inquieto; …agarrar no afecto do tempo mais profundo; …observar, elogiar e criticar o tempo da sociedade; … recordar; … procurar o enigma da construção do “soneto”.
A escolha da distribuição dos escritos pelos capítulos e sub capítulos foi da Maria Fernanda, sendo factual ela ter enveredado pelo “tempo”, dando, assim, razão ao que escreveu o meu grande Amigo Ricardo Correia Afonso, no Prefácio do meu Livro Poesia das circunstâncias do tempo, em que, sobre O Tempo na Poesia de Luís Pais Amante: Vida Contemplativa, Instante Poético e (Des)causalidade) sublinhou:
… “Indiferente às especulações decorrentes de se medir o tempo, ou mesmo de defini-lo quanto à sua natureza, a poesia do Luís … executa-o, vivencia-o, subverte-o, resgata-o, instaura-o e transcende-o, conferindo-lhe uma identidade singular, identificável como um verdadeiro tempo ou instante poético, exercido com consciência do poder temporal da palavra poética”.
Reforço, igualmente, o hábito de -sempre que possível- fazer corresponder a minha idade, no número de poesias…
As Crónicas divulgam o pensamento que expressei na escrita que intitulei como “Crónicas de um prisioneiro”, já acima referidas.
Só espero que os objectivos do Livro sejam alcançados, neste início de colaboração com a Calçada das Letras -uma chancela da Letras em Marcha- a quem agradeço o empenho, nomeadamente ao Vítor Coimbra que conheci através de uma grande Amiga, editada por ele com enorme sucesso.
Fechando o círculo das colaborações dadas à obra, vai um beijinho do tamanho do confinamento para a minha Mulher, Ana -que continua a ter muita paciência para mim- e um abraço forte para o Rui Osório, que se responsabilizou pelo Design, com dedicação e muita amizade, tal como eu esperava e bem se verifica nesta capa cheia de intuição…e sentido.
Eu sou o homem inquieto da capa!
Finalmente, não há como esquecer o registo de que, no período deste Livro, foi reerguida a nossa Casa Azul, em Penacova, que aqui fica enaltecida na cor escolhida para a arte final da Obra: o azul cobalto.
… por mera coincidência igual ao da cor do Museu Frida Kahlo -também conhecido como Casa Azul- localizado num Bairro de Coyoacán, na Cidade do México.
Boa leitura!
Luís Pais Amante
Meu amigo Dr.Luis meus parabéns deste lançamento do seu livro.
Desejo muito SUCESSO.
Abraços
A capa do livro é maravilhosa.0 conteúdo traz a poesia como a arte de expressar as mais diferentes matizes do rico mundo interior do autor frente às duras perturbações da pandemia e que chega à nós como uma mensagem que sempre existe um espaço para se aprender com as tempestades da vida. Parabéns, Luís e muito sucesso que seu livro merece!
Obrigado
De certeza que será mais um excelente livro, de leitura obrigatória e muito actual do momento tão delicado por que passa a humanidade.
Muitos parabéns Luís Amante
Ainda não li o livro . Contudo , quero crer que este livro vai ser uma referencia histórica para as gerações vindouras, que não viveram este tempo da pandemia e que vão encontrar aqui , em verso livre, relatos de quem viveu este período intensamente.
Caro Doutor obrigado pela partilha e informação. Despertou a minha curiosidade e definitivamente irei procurá-lo porque é sempre bom ler e sentir Sabedoria. Faz bem à Alma.
Guilherme Bettencourt
Bom dia!
O interesse que os Leitores demonstram aqui, no PenacovaActual, por mais este livro do meu marido, é um motivo de orgulho!
Seguramente vão ficar enriquecidos com a sensibilidade que nos torna a todos pessoas melhores.
Realço a simbiose do Design da Capa (do Rui Osório) com o conteúdo do Livro, uma vez que nos propõe uma cumplicidade que é real!
Boa tarde,
Ainda não li o livro, mas só a capa e o titulo, despertaram-me uma curiosidade imensa. Não vou perder definitivamente a sua leitura.
Parabéns pelo livro, será um marco importante na nossa história.
Atendendo aos antecedentes do autor, não é por acaso que estão criadas expectativas acerca deste novo “filho” do Luís Amante. E digo “filho” (sem desprimor para o Filipe e a Carolina, claro!) porque, para o escritor, os seus livros são sempre seus filhos, que eles concebem, acalentam e fazem crescer no íntimo do seu pensamento até que, chegado o momento, o lançam e o dão a conhecer ao público para que faça a sua caminhada.
Caminhada, sim, porque um livro tem o seu percurso de mestre e companheiro junto de cada um de nós, já que nos ensina, nos estimula o raciocínio e nos faz companhia.
Certamente que estas “Inquietudes” nos serão proveitosas, de todos estes pontos de vista e, por isso, já tardam!
Um abraço, Luis.
Mais uma grande obra deste ilustre penacovense. Que Deus o proteja