Álvaro Alberto dos Santos nasceu em Penacova nos primeiros anos do século XX.
Em 1930 o seu nome faz parte do conjunto de penacovenses que se associaram para formar a Corporação dos Bombeiros Voluntários de Penacova.
De 1961 a 1973 desempenhou o cargo de Vice-Presidente da Câmara. Nesses doze anos, durante três mandatos sucessivos (sendo Presidentes da Câmara Álvaro Barbosa Ribeiro, Júlio Nogueira Seco e novamente Álvaro Ribeiro) assumiu por diversas vezes, interinamente, a Presidência da Câmara.
Terminou estas funções em 1973, tendo sido homenageado com a atribuição da Medalha do Município. À época era Presidente da Câmara (e também deputado) o Dr. Álvaro Barbosa Ribeiro. Na cerimónia marcaram presença os deputados Dr. Santos Bessa e Engº Correia, este, Presidente da Câmara de Miranda do Corvo. Durante o almoço usaram da palavra os Drs. Augusto Duarte Henriques Simões e Paulo de Abreu Proença, em representação, respectivamente, do concelho de Poiares e da freguesia de S. Pedro de Alva. No acto solene foi destacado o seu “espírito de bem servir o concelho que o viu nascer” e que tanto desejava “ver progredir”.
Ao usar da palavra, agradecendo a homenagem que lhe era prestada, apelou para que as obras em execução e as programadas pudessem trazer “às nossas gentes, num futuro próximo”, aquilo que ansiavam: “acessos, electricidade e água potável”. Agradeceu ainda ao Governador Civil, Engenheiro Cunha Matos (representado pelo Presidente da Câmara) “o caloroso apoio” que lhe prestara durante os períodos em que servira em substituição, de Presidente, “designadamente com a criação da Escola do Ciclo Preparatório e a restauração da nossa velha Comarca, uma das maiores aspirações do concelho”.
Álvaro Alberto dos Santos desempenhou imensos cargos públicos: foi Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Presidente do Grémio da Lavoura, Presidente da Direção dos Bombeiros, Regente da Filarmónica durante 30 anos (sendo-lhe atribuída a autoria do “HINO DE PENACOVA”. Foi ainda Presidente da Junta de Penacova, membro do Conselho Municipal e Vereador da Câmara.
Solicitador encartado reconhecido e competente, teve escritório em Penacova e em Coimbra. “O trabalho foi a enxada para vencer na vida sem outro amparo que não fosse a aplicação aos seus deveres dia após dia” – alguém sublinhou aquando da acima referida homenagem.
Faleceu em Penacova no dia 14 de Outubro de 1974.
