Emanuel Pereira e Paulo Marques – Diário As Beiras
Um incêndio que começou numa fábrica de palitos em Lorvão, no concelho de Penacova, estendeu-se a zona florestal, sendo combatido, às 21H00, por 383 operacionais, que eram apoiados por 112 veículos. O fogo progrediu para as proximidades de Chelo e Lavatodos, entrando noite dentro. Quanto às instalações da empresa Palitos Campeões A.J. Simões, Lda., ficaram inoperacionais.
Segundo adiantou ao jornal o comandante distrital da Proteção Civil de Coimbra, Carlos Luís Tavares, o incêndio terá deflagrado, cerca das 15H31, no exterior do edifício principal da unidade de produção de palitos, propriedade de dois irmãos, que funciona na freguesia do Lorvão há várias décadas.
“Neste momento [21H00] temos um flanco ativo entre as localidades de Lavatodos e Chelo”, clarificou o responsável máximo da Proteção Civil no distrito de Coimbra. O flanco, que ainda não estava controlado à hora de fecho desta edição, “estava a ser combatido, mas tem alguma extensão”, assumiu. “Vai dar algum trabalho durante a noite”, previu ainda Carlos Luís Tavares que revelou que no terreno estão também quatro máquinas de rasto “empenhadas em fazer trabalhos de consolidação e rescaldo para evitar reativações”.
Povoações “seguras”
Apesar de ter deixado em alerta as populações, o comandante Carlos Luís Tavares deixou uma garantia: “Está tudo seguro. As povoações mais próximas da frente de incêndio foram Lavatodos e Chelo, mas não há, neste momento, casas em risco”, frisou.
A fábrica de palitos “foi praticamente toda consumida” pelas chamas e os bombeiros lidaram com dois “adversários” adicionais no combate ao incêndio. “O que dificultou e projetou de forma rápida o incêndio foram os ventos fortes e a topografia do terreno, que é muito acentuada”, assumiu.
Autarquia lamenta destruição da empresa
Ao jornal, o presidente da Câmara de Penacova confirmou a informação de que o armazém da empresa ficou praticamente destruído. Por se encontrar de férias, Álvaro Coimbra esteve a acompanhar à distância a evolução dos acontecimentos e não deixou de “lamentar profundamente” a situação criada à empresa, onde trabalham cerca de dezena e meia de pessoas.
No período da tarde, para além dos bombeiros (chegaram a estar no terreno 401 operacionais) e dos meios terrestres, estiveram envolvidos no combate ao incêndio sete meios aéreos.
O incêndio que começou numa fábrica de palitos em Lorvão, estendeu-se a zona florestal, sendo combatido por 233 operacionais, afirmou esta segunda-feira o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.