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Diogo Ribeiro conquistou este sábado o título mundial de natação em juniores nos 50 metros mariposa, em Lima, Peru, com recorde do mundo do escalão, juntando esta conquista às medalhas de ouro nos 50 livres e nos 100 mariposa.

Depois de conquistar as medalhas de ouro nos 50 livres e nos 100 mariposa, Diogo Ribeiro conquistou no sábado o título mundial de natação em juniores nos 50 metros mariposa, em Lima, com recorde do mundo do escalão.

O jovem nadador do Benfica conquistou o título mundial de natação em juniores nos 50 metros mariposa em 22,96 segundos, melhorando em nove centésimos o recorde do mundo júnior, que estava na posse do russo Andrei Minakov (23,05).

O jovem nadador conimbricense de 17 anos, com raízes em Mortágua, distrito de Viseu, venceu a prova em 22,96 segundos, melhorando em nove centésimos o recorde do mundo júnior, que estava na posse do russo Andrei Minakov (23,05), desde Outubro de 2020, retirando também 11 centésimos ao recorde nacional, que já lhe pertencia.

Diogo Ribeiro venceu confortavelmente a final, deixando o checo Daniel Gracik, na segunda posição, a meio segundo (23,46), e o dinamarquês Casper Puggaard, no terceiro lugar, a um segundo (23,96), após abdicar da meia-final dos 100 metros livres, para a qual se tinha qualificado com o melhor tempo das eliminatórias, à frente do recordista mundial absoluto, o romeno David Popovici.

O nadador do Benfica, treinado por Alberto Silva, já tinha conquistado, na capital peruana, os títulos mundiais de juniores nos 50 metros livres e nos 100 metros mariposa.

O detentor dos recordes nacionais dos 100 metros livres (48,52 segundos) e 100 (51,61) e 50 (22,96) mariposa, distância em que conquistou a medalha de bronze nos últimos Europeus absolutos, em Roma.

Na publicação de hoje, o Diário de Notícias dá conta do percurso do jovem atleta, com raízes em Mortágua, Distrito de Viseu, nascido a 27 de Outubro de 2004, que aos oito anos começou por participar no Circuito Regional de Cadetes, em Coimbra, em representação da Fundação Beatriz Santos – Clube. Ao fim de quatro anos transferiu-se para o Clube Náutico Académico, ao serviço do qual consegue alcançar o primeiro pódio regional, mas é no União de Coimbra que as medalhas começam a fazer parte da vida do jovem nadador.

Em 2021 reforçou a natação do Benfica e foi integrado no Centro de Alto Rendimento (CAR) do Jamor, onde passou a treinar sob orientação do novo técnico nacional, o brasileiro Alberto Silva, mais conhecido como Albertinho, que trabalhou com os medalhados olímpicos César Cielo e Thiago Pereira no Brasil, então contratado pela Federação Portuguesa de Natação. E, segundo Diogo, até há uns tempos atirava-se para a água e nadava. Agora trabalha no ginásio, trabalha a biomecânica, faz estudos de viragem, chegada, técnica de partida e integra o projeto Olímpico Paris 2024.

Três perguntas a Diogo Ribeiro em curta entrevista à Federação Portuguesa de Natação

FPN: Como foi gerir a participação em tantas provas?

O programa não facilitava a minha participação. Algumas das provas tinham 15 a 20 minutos entre as eliminatórias, meias-finais e finais, mas foi possível recuperar e apresentar-me num bom nível, claro com a ajuda do fisioterapeuta Daniel Moedas e com uma atitude muito focada tanto a nível competitivo como entre as competições.

FPN: O recorde do mundo de juniores foi um objetivo que levavas contigo desde Roma?

Em Roma queria muito bater este recorde. No final dos 50 mariposa no europeu de Roma olhei para o tempo e vi que não tinha sido recorde e só depois é que percebi que tinha sido terceiro e então fiquei feliz. Por isso, chegado aqui, esse objetivo estava na minha cabeça. Claro que a opção de não competir na meia-final dos 100 livres foi difícil, mas teve de ser tomada. Competi nas eliminatórias dos 100 livres para ter um estímulo. Penso que foi a melhor decisão, já que o recorde foi batido e por uma margem boa. Competi na final sem pensar muito nisso, entrei descontraído nem pensava na marca dos 22 segundos ou recorde pessoal. Até aos 25 metros senti os adversários ao meu lado. Só confirmei o recorde mesmo depois.

FPN: Foi uma opção competir no Europeu absoluto e Mundial de juniores…

O nosso plano correu bem: não competir no europeu de juniores e apostar no europeu absoluto e mundial de juniores. Sabíamos que era um risco, mas as pessoas perceberam que a nossa opção era a mais acertada.

FPN: Muita pressão desde o europeu até agora ao mundial?

Em Roma não senti a pressão. Era o mais novo e as pessoas não estavam à espera de um resultado. Aqui em Lima sim. Mas penso que eu e o meu treinador soubemos gerir bem esses factos. Viemos, mas cedo para nos aptarmo-nos aos horários e clima de prova. Nos primeiros dias não me senti bem, mas depois comecei a acreditar e a desligar de tudo. Para me poder focar tive de me desligar das redes sociais e do tlm penso que todos perceberam isso. Só tenho de agradecer o apoio manifestado.

 

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