Consideram que o documento apresentado tem pouca obra, pouca visão de desenvolvimento e muitas promessa para cumprir
De acordo com os deputados socialistas trata-se de “um documento pouco ambicioso” por “não ter uma visão estratégica de futuro e sobretudo por não espelhar as promessas eleitorais feitas pelo atual presidente do município nas mais diversas áreas”.
Justificam o voto contra devido “à incapacidade governativa para apresentar obra, para além dos projetos deixados pelo anterior executivo liderado por Humberto Oliveira”, acusando o executivo social-democrata “de tremendo amadorismo, e de falta de uma estratégia integrada de desenvolvimento do território” e de não ter “outros investimentos estruturantes para o concelho” que consideram “necessários” e que “está mais interessado em apagar o que de muito foi bem feito anteriormente, do que manter ou melhorar os muitos projetos que encontraram”.
Na declaração de voto, deputados socialistas recordam que “este é o segundo orçamento apresentado pelos sociais-democratas e que, apesar de compreenderem que no primeiro “o tempo era curto desde a tomada de posse até o momento de apresentação do orçamento”, deste esperavam “mais, muito mais”.
Não aceitam de bom grado o facto de o atual executivo “puxar os louros relativamente ao Centro Interpretativo do Mosteiro de Lorvão e à Casa do Monte, assim como o Centro Educativo de Figueira de Lorvão o Canil Municipal, a Casa das Artes, ou a requalificação do edifício municipal, o alargamento das zonas industriais, o acesso à vila pelo largo Dona Amélia e a requalificação urbana das vilas de São Pedro de Alva e Lorvão”.
Acusam o executivo de Álvaro Coimbra de não “ter um plano estratégico para o turismo e de querer apagar a marca que está criada e consolidada…Penacova, o bom ar, os aristas…, por ser algo que vem dos anteriores”, assim como de “mudar o nome a outros projetos para parecerem outros, embora na maioria dos casos não são visíveis melhorias”.
Antes de terminarem referem que relativamente à “situação da APIN nem uma palavra, passado um ano e alguns meses” adiantando que “não é percetível afinal qual o caminho que se está a ter, já que no orçamento o que se vê é que na rubrica de saneamento, o único investimento que existe não é um metro de saneamento, mas sim um trator limpa-fossas”.
Por último julgam que “o apoio às juntas de freguesia podia ser reforçado, porque também elas veem os seus custos fixos aumentarem, com menos possibilidades de receitas” e terminam dando nota de que a “entrega da limpeza das vilas do concelho a uma empresa municipal, e apesar do elevado investimento em maquinaria, o certo é que não se reflete na limpeza das áreas que lhes estão atribuídas”, classificando a mudança para pior.