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Luís Pais Amante

Se os Leitores do Penacova Actual se recordarem, tenho escrito algumas notas sobre a questão do Movimento Associativo em Portugal e, igualmente, no nosso Concelho.

!… Hoje quero falar sobre aqueles que se lhe dedicam pro bono consciente, sem receberem nada em troca, trazendo à colação o que eu próprio considero um exemplo bom, limpo, digno de admiração colectiva …!

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Antes disso, porém, apontemos as situações por que, normalmente, as pessoas se dedicam às causas associativas:

– Porque precisam mesmo de ser conhecidas (status);
– Porque querem ganhar alguma coisa com isso, directa ou indirectamente (negócios);
– Porque o Partido lho impõe (políticos);
– Porque obedecem a regras e as devem representar (seitas);
– Porque lhes é uma atitude quase consuetudinária (herança);
– Porque amam a sua causa (desporto e cultura e profissão);
– Porque amam a sua terra (associações estritamente locais);
– Porque amam o seu Concelho (residentes, naturais).

Outras situações hão-se existir, mas não interessarão muito para aqui.

Os predicados que os Associados devem exigir, antes de elegerem os elementos dos Corpos Sociais, têm muito a ver com:

– conhecimento da gestão;
– reputação; exemplo; honestidade; verticalidade;
– percurso de legalidade (como certeza/garantia do cumprimento da Lei e dos Estatutos).

Por norma, quando os indivíduos que são postos em lugares de decisão, ou quando se põem em bicos de pés para aí acederem, recorrendo a expedientes diversos, e não cumprem, podem sobrar problemas para as respectivas Associações…

E também o podem quando tais indivíduos com esse perfil, actuem em sua representação (da Associação) sem mandato, sem discussão nos Orgãos próprios; tal como, se se perseguirem interesses particulares, com prejuízo imediato e notório para a Instituição, pode corresponder, até, a ilícito criminal.

Nas Associações valem os interesses dos Sócios/Associados; não valem os interesses dos amigos, ou dos dependentes, ou dos parceiros de negócios, embora nada obste a que os amigos se encontrem e intervenham nas Associações!

Ora bem,

Aqui chegados, eu quero salientar uma Pessoa em especial, ligada há anos e anos ao Movimento Associativo: o Senhor Almeida.

Que é como quem diz o José Carlos Almeida, Presidente do Núcleo do Sporting Clube Portugal de Penacova.

Trata-se de uma Pessoa que, não sendo de Penacova (nasceu em S. Pedro do Sul) colocou a nossa terra no coração e tudo faz por ela, sem interesse de espécie alguma e com prejuízo, decerto, para a sua Família.

É Membro de outros Orgãos de outras Associações (por exemplo dos Bombeiros Voluntários de Penacova ou da União Popular da Rebordosa) e passa a vida a tratar de manter a “menina dos seus olhos” no topo dos Núcleos Sportinguistas do nosso País:

Em organização exemplar; em criação de equipas de liderança; em cumprimento dos Estatutos e da Lei; em humildade; em regime de contas certas; em amizade e em exemplo de vida e de arranjar meios legítimos de toda a espécie para ir adaptando o Núcleo aos dias de hoje, criando-lhe atractividade.

É bonito ver os Jovens da nossa terra (verdes) no convívio das nossas instalações…sim, nossas; não emprestadas; não doadas; não arrendadas.

No Núcleo tudo é feito no tempo próprio e o investimento directo, tem sido meritório; os eventos constam do Plano de Actividades aprovado em AG, integram o Orçamento que segue o mesmo caminho e as Contas são um exemplo a seguir.

Existe respeito pelos poderes e ninguém se atropela.

Os penacovenses conhecem (todos) o Senhor Almeida, que vive na Rebordosa e é casado com a Ana Helena Amaral (outra amiga do Associativismo).

Uma grande parte de nós todos tem um orgulho enorme em o ter; mas talvez nem todos saibam que ele trabalhou na Bertrand (onde manteve contacto com muitos intelectuais e escritores) e que é ele próprio um intelectu enorme, com conhecimentos e uma “memória de elefante” como costuma dizer-se.

Depois fez carreira nos Tribunais e daí lhe veio a noção de que, antes de tudo, a Lei!

A tal Lei que os que precisam de empurrões não respeitam, nem dela querem saber; que atropelam a toda a hora, por vezes com complacência que não se percebe, nem se consegue alcançar…

Sabe mais este Homem bom da legislação e das práticas que regem as Associações Civilistas do que muitos que deviam dominar estas questões…e isso constitui um predicado absolutamente indispensável, na minha modesta opinião.

Hoje, aposentado, passa a vida a tratar dos assuntos da comunidade associativa, sendo bastante apreciado por toda a gente (não só do seu – nosso- Clube do coração).

No próximo dia 5 de Fevereiro vai acontecer o 30 Aniversário do Núcleo, com agenda cheia de actividades e presenças.

E eu queria, muito, deixar aqui este registo singelo, mas sentido, antes do nosso Evento.

Porque ele, o Meu Amigo Almeida, bem o merece!

Luís Pais Amante

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