Maria Helena Marques
É assunto de 1ª página nos jornais e telejornais, é tema nº 1 das conversas, a “desgraça” que vai pelo Mundo, sendo que, com maior destaque, a guerra que está a destruir a Ucrânia e a martirizar o seu Povo, bem como a mais recente catástrofe provocada pelo violentíssimo sismo que ocorreu na Turquia e na Síria.
Em qualquer dos casos, a morte e a destruição estão muito presentes.
A maior diferença está em que as catástrofes naturais acontecem e a guerra, faz-se acontecer.
O que e o modo como está a suceder, fez-me pensar na disparidade do procedimento humano é contraditório… Se por um lado é capaz de humanidade, de ser solidário, ser prestável, partilhar os bens, ajudar a salvar e a erguer o que foi destruído, aplaudir quem soube acudir e quem foi salvo, em contrapartida, sempre que se deixa levar por ambição desmedida, pela cólera, vingança, crueldade, é a desumanidade que reina.
Assim está a acontecer nas tragédias atuais.
Dá-me que pensar como é que um povo que se dispõe a invadir, matar, destruir e ainda que contemplando todo o injusto e cruel sofrimento, destruição e morte, continue o seu propósito de martirizar um povo irmão como se fosse inimigo.
Por sua vez, na tragédia da Turquia e Síria prestou-se a dar assistência e ajuda , tal como o povo ucraniano o fez.
Sendo assim, estarão lado a lado os que maltratam e os maltratados, num gesto e num sentimento fraterno, solidário, e humanitário.
Que contradição!
Se possuem esses sentimentos, esse pensamento e um coração sensível, prestando-se a ir ao encontro de quem sofre, se lutam lado a lado com os supostos inimigos, salvando ou ajudando a salvar vidas, como é que avançam na guerra fratricida, esbanjando e fazendo esbanjar tanto dinheiro em armamento perda de vidas de bens e de saúde?
Quanto de bom se podia fazer pelo nosso Planeta e pela humanidade, dando casa, alimento, água, saúde e vida a tantos seres humanos, que disso carecem e é essencial!
Grande contraste de procedimento!
Contradições muito difíceis de entender.
Que nos resta dizer?
Direi um dos versos de um poema cantado por Marisa Liz: “Vou suplicar ao Deus da vida, para os “neutralizar”