Ai que bem que cheira a Foz
Com as amendoeiras em flor
Só é pena que não possa
Dar um beijo ao meu amor
…
Tanto tempo passado sem o toque
Sem o afecto e sem o retoque
Das nossas Confrarias
Que hoje estão engalanadas, aqui
Em Vila Nova de Foz Côa
Como o quis D. Dinis
Ultrapassado o “àmoque”
Que lhes deu a pandemia
Vieram contentes os Confrades
Das terras das suas gentes
Para aproveitar a Festa
De mais uma a se juntar
Às outras que por cá estão
E pra lhe dar um abraço
Forte
!… Talvez pra lhe dar a mão …!
O colorido entoa
E confunde a voz
Há sorrisos e suspiros
No reencontro das Pessoas
Que, tal como as águas
Por vezes revoltas
Sendo limpas trazem mágoas
Parece que a amizade cresceu
De braço dado com a saudade doçura
Que a Liberdade apareceu
Ao lado da igualdade
Que o cheiro da amêndoa
Se derreteu
Na Doçaria Portuguesa
Hoje trazida com alegria
Mesmo com ternura
Bem longe da mordomia
E que vai “picar” o palato
Deste dia com retrato
Que se repetirá
Depois deste Primeiro Ato
…
Esse não beijo meu bem, só acontece
Não por falta de coração na paixão
Mas por que eu fiz essa prece
Virado pro Côa e em sua adoração
Luís Pais Amante
No Capítulo de Entronização da Real Confraria da Amêndoa, em Vila Nova de Foz Côa, dedica este Poema à sua Amiga Armandinha (Armanda Teixeira) que, a seu pedido expresso, muito ajudou a Confraria da Lampreia de Penacova.
E nesse contexto, enaltece, também, o Movimento Confrádico Português, com desejo da sua regeneração sadia.
A poesia do Dr. Luís Amante é muito sentida.
Muita ligada às linhas da sua amizade, também.
Parabéns
Luís, ler seus poemas já faz parte dos meus hábitos mais enriquecedores. Obrigado por esse constante alimento.
1932edgar.gomes@gmail.com
Mais um lindo poema
Lindíssimo.
Belo retrato, com muita nostalgia, de muitas vivências e boas experiências.
Lembranças de grandes vivências,