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David Gonçalves de Almeida

No dia 12 de Outubro de 2014 a Cooperativa Cultural Saudação  fez o lançamento do livro  “A Casa Amarela – Contos de Amor e Fantasia”, tendo como autora Dília Figueiredo, presidente daquela instituição. 

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Estiveram presentes na sessão o Presidente da Câmara Municipal, Humberto Oliveira e a Vereadora da Cultura, Fernanda Veiga . A Apresentação da obra, que decorreu no Centro Cultural de Penacova, esteve a cargo dos Cooperantes  Eduardo  Ferreira e Arlete do Amaral. A edição contou com o patrocínio da Câmara Municipal de Penacova, da Junta de Freguesia de Penacova, da empresa Caldas de Penacova – Água Mineral Natural e do grupo Place, de Lisboa. Também na capital, na Sede da Cooperativa, o lançamento foi feito  dias depois.

Trata-se de um livro de contos que nos fala da Casa Amarela e da sua envolvência em Penacova e no concelho, tendo as Serras, os Moinhos, o Mosteiro de Lorvão e o Mondego como pano de fundo.

No Prólogo, podemos ler o seguinte: “Voltada para o rio, erguida sobre uma colina rochosa, mas verdejante, ela espreita sobranceiramente a vila de Penacova.[…] bafejada pela magnífica vista e pelo sol, a Casa Amarela, como assim é conhecida, é uma presença simpática que desperta a atenção de quantos a vêem dos vários mirantes, patamares e cumeadas de Penacova. […] As ruas que conduzem à Casa, partem exactamente do núcleo antigo da povoação, entre várias casas datadas dos séc. XV e XVI e ladeando a seiscentista Igreja Matriz dedicada a Nossa Senhora da Assunção. A calçada principal continua num empedrado estreito até se encontrar num cruzeiro, abrindo-se finalmente para uma vista panorâmica. Aí estamos nós, a Casa Amarela-uma Cooperativa Cultural, empenhada na divulgação da Cultura e no amor pela Natureza.”

O texto da contracapa fornece-nos algumas informações sobre este edifício icónico da Vila. Apesar de não se terem dados sobre os seus primeiros ocupantes, sabe-se que de 1925 a 1935 a casa terá sido pertença de Eduardo Cabral. Na década de 1950 o edifício foi comprado pelo Brigadeiro Amílcar Coelho Botelho e pertenceu depois à Família Pimentel, tendo em Março de 1989 sido vendido à  Cooperativa Saudação.

São vários os contos, alguns deles com títulos que remetem para locais da vila  (A Casa Amarela, O Castelo, A Fonte do Porco) e para personagens representativas da história e cultura do concelho (O Último Moleiro, O Monge de Lorvão).

O Quarto das Margaridas, A Cave, O Grande Salão, o Sótão, O Quarto das Frésias, O Beijo, A Pérgula (da Casa Amarela), O Menino do Outro Lado da Rua, O Quarto Rosa, A Casa em Ruínas, O Quarto das Magnólias, O Quarto dos Girassóis e O Quarto dos Gatos Azuis, são outros tantos títulos dos diversos contos que dão corpo ao livro.

Em “ academiasaudacao.blogspot.com” encontramos a referência a um artigo que Maria Clara Costa publicou na revista FUGAS,  do Jornal Público (23 deJulho de 2015) relacionado com o livro e com a vila de Penacova:

Penacova e a sua Casa Amarela

Reli o livro ‘A Casa Amarela’, apoiado e patrocinado, entre outras entidades, pelo Município e Junta de Freguesia de Penacova, que me fascinou. Em primeiro lugar, por me ter transportado a tempos remotos, ora através do mundo real, ora através do imaginário.

Em segundo lugar, porque accionou a minha memória fotográfica e voltei a ver aquela casa imponente, a Casa Amarela, no cimo duma colina a acenar as boas-vindas aos visitantes de Penacova.

A Primavera tinha chegado havia pouco tempo e a vila já estava envolvida por um manto amarelo, um amarelo luminoso a espreitar por entre o fresco verde que nos acompanha quase desde Coimbra até à vila. São as acácias em flor que, tal como a Casa Amarela, nos recebem de “braços abertos”, nos iluminam as curvas do caminho e nos mostram uma região montanhosa debruçada sobre o rio Mondego que vemos seguir em direcção a Coimbra, transportando até ao mar quantas lendas, quantas lembranças e até as nossas fantasias.

Outra das minhas lembranças foi, depois de subir e descer ruas impecavelmente limpas e floridas, depois de apreciar a arquitectura de casas senhoriais, e não só, observar do miradouro, ao fim da tarde, o arco-íris a tocar duas montanhas, confirmando-nos que a natureza, em todo o seu esplendor, está presente neste local.

Penacova está tão perto de tudo e de todos que o vento traz até nós, em melodia campestre, a abafada voz das mimosas: “Não esqueçam, nós somos os olhos da Primavera, estamos prestes a eclodir e a misturar as nossas cores de oiro e mel no verde da natureza!”

FICHA BIBLIOGRÁFICA / BIBLOTECA NACIONAL DE PORTUGAL

A CASA AMARELA : CONTOS DE AMOR E FANTASIA / DÍLIA FIGUEIREDO

AUTOR(ES): Figueiredo, Dília
PUBLICAÇÃO: [Lisboa] : Saudação-Cooperativa Cultural dos Amigos do Esperanto e da Natureza, cop. 2014
DESCR.FÍSICA: 177 p. : il. ; 21 cm
DEP. LEGAL: PT – 382288/14
CDU: 821.134.3-34″20″

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