Luís Pais Amante
Aqui há tempos, após uma Entrevista do Senhor Presidente da República numa viagem com a TVI, eu escrevi, aqui no Penacova Actual, um artigo de Opinião a que chamei “O Tinteiro” e o “mata borrão”.
Era um tempo em que estando muita coisa mal, na governação, o PR andava de braço dado com o PM e aquilo parecia-nos tudo muito “faz de conta”.
O Senhor Professor chamou “mata borrão” ao António e eu intuí que se estava a auto- designar-se de “tinteiro”.
Porquê?
Porque sou do tempo em que sem tinta não se podia escrever em certos actos; os tinteiros eram mesmo muito importantes…
E, nessa sua veste de “Tinteiro”, o nosso PR foi gerindo a dose da tinta que vai sendo gasta pela Comunicação Social e absorvida pelo “mata borrão”
Noutra Entrevista recente (à RTP e ao Público) o PM e o Governo foram expostos de uma maneira que até eu considero um pouco narcisista, quiçá irritante.
O nosso Sistema Político só é Semi-Presidentialista e, por isso mesmo, se o Governo é -ou está- em modo de toda a adjectivação que lhe foi feita, só há que convocar eleições e pronto!
Realmente as coisas estão muito, muito complicadas e eu sou daqueles que têm escrito sobre as matérias críticas quase todas as semanas.
O Governo é incompetente; quase a generalidade dos Ministros não tem preparação suficiente para a função governativa, que é nobre.
Os dossier’s ficam parados nas mesas dos Secretários de Estado que pensam que aquele estatuto é para fazerem o que querem e quando entendam.
!…Toda a máquina do Estado está sob suspeita…!
E o Primeiro Ministro -experiente de mais como todos nós sabemos- só quer yes men’s and woman’s (os boys e as girl’s) à sua volta.
Lá lhes vai contando umas larachas, fazendo umas promessas e elas e eles deixam de ter lucidez, até deixam, mesmo, de pensar.
O resultado é um País à beira de um ataque de loucura; com a pobreza dos pobres a olhos vistos nas ruas; com classes profissionais (que são dignas) fartas de ser mal tratadas a desesperar.
Com a comida sem chegar à mesa; com as prestações da casa por pagar; e com os fortes cada vez mais fortes, sem qualquer tipo de controle objectivo.
Há coisas na política que não se dizem; fazem-se!
E eu acho mesmo que o nosso Tinteiro se zangou e o mata borrão vai à vida, com a dissolução da Assembleia da República.
Se assim não for, é porque o nosso Professor Marcelo anda a jogar xadrez à custa do Povo…
É mesmo verdade, “”há coisas na política que não se dizem’, fazem-se” !!!! Os portugueses andam muito distraídos vão pagar caro, aliás, já estão a pagar caro!!
Tem razão o Dr. Luís Amante!
A governação do nosso Portugal tem colocado várias classes em situações muito incómodas e sobretudo os mais desfavorecidos, estão a ficar para trás, chocante mente…
Temos realmente um presidente com incontinência verbal e um primeiro ministro com os seus lambe botas. Dr. este título é mais que apropriado para ficar só por aqui
Tudo é verdade tanto para o mata borrão como para o tinteiro. Onde está a alternativa, no grilo falante?
Olho à distância esse meu querido Portugal com sua rica história e sendo um país tão abençoado pelo maravilhoso mar que o cerca, pelo céu tão azul que o abraça. Este artigo escrito pelo Luís Amante, filho de Penacova e que tanto ama seu país, é mais um tesouro do povo português na luta em superar as desigualdades, as incompetências e a corrupção. Parabéns Luís pela dedicação ao seu país com todo esse seu talento literário.
Palavras passam e esquecem-se e fica no passado, mas o escrito permanece anos e anos nem o tempo apaga.
A César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Já dizia-se que os políticos piscam para a esquerda mas viram à direita; o motorista tem sempre a melhor visão? Já viram um rali? a função de um co-piloto?
As “Bic” também borram… É o mal de não serem do tempo da tinta permanente e do tinteiro…