Luís Pais Amante
O Roxo é a minha terra
Encarrapitada na Serra
Onde moro só por amor
Em tempos de muita dor
Rememoro cá os meus antepassados
Com valor os que foram massacrados
E a união das Gentes que se ergueram
Contra a raiva de seres que se temeram
Da força de todo um Povo
Unido na defesa do seu “bem”
Da dignidade que mantém
Do fôlego que se sustém
É tempo de recordar os mortos
De ressuscitar o orgulho da “raça”
De exibir as vestes desse tempo
Mostrando tudo a quem cá passa
Não é só fazer perdurar o azeite
Como símbolo da Revolta aceite
É também transformá-lo em cultura
Em ECOS de sabedoria
Em História que contaria
Um dos estóicos se fosse vivo
É trazer quem está dormente
Pra “boa raça” hoje ardente
E guardar essa valentia
… Fazendo-o sem cobardia!
Em memória dos que tombaram -ou que outros maltrataram- na Revolta do Azeite, no Roxo.
Para saber mais sobre a história e o evento comemorativo dos 100 anos da Revolta do Azeite, leia e veja AQUI
Como sempre Luís, excepcional.
Muito bonita está poesia
Que história!
Retrata o nosso tempo de mordaça em que o Povo não podia fazer nada
Parabéns ao Poeta