16.8 C
Penacova Municipality
Quinta-feira, Setembro 21, 2023
Publicidade

Região Centro apela a criatividade consequente no projeto “Rede de Aldeias para o Futuro”

0
Publicidade

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro defendeu ontem a necessidade de se introduzir “criatividade consequente” no projeto Rede de Aldeias para o Futuro, que abrange o Alentejo, Centro de Portugal e Extremadura espanhola.

A sessão, realizada ontem nas instalações da CCDR Centro, em Coimbra, juntou vários parceiros do projeto e decisores políticos de Portugal e Espanha que, partindo da apresentação do Quadro Conceptual para esta rede, refletiram sobre os desafios e oportunidades para as aldeias, numa perspetiva de cooperação territorial e tendo como enquadramento estratégico os pilares da Nova Bauhaus Europeia: Sustentabilidade, Inclusão e Estética.

Publicidade

Durante a sessão de abertura do seminário “Rede de Aldeias para o Futuro – Aldeias Bauhaus EUROACE”, Isabel Damasceno sublinhou a importância deste tema ser trabalhado “de forma construtiva e consequente”.

“Este é um tema que está na moda e é muito solicitado. No entanto, é difícil dar sequência para transformar os pensamentos em projetos concretos e objetivos”, acrescentou.

O projeto Rede de Aldeias para o Futuro, um dos 20 vencedores do primeiro convite à apresentação de propostas do Novo Bauhaus Europeu da DG RÉGIO, envolve duas aldeias da região Centro de Portugal: Dornelas do Zêzere (Pampilhosa da Serra) e Sortelha (Sabugal); duas aldeias do Alentejo: São Pedro do Corval (Reguengos de Monsaraz) e Marco (Arronches), e ainda duas aldeias da Extremadura espanhola: Moraleja e Llerena.

Trata-se de um projeto transfronteiriço, de assistência técnica que visa apoiar a conceção de intervenções locais tendo como enquadramento os pilares da Nova Bauhaus Europeia.

Ao longo da sua intervenção, a presidente da CCDR do Centro destacou a nova abordagem que é dada às aldeias, tendo por base os três pilares da Nova Bauhaus Europeia: a sustentabilidade, inclusão e estética, que está a ser desenhada em conjunto pelos agentes locais e regionais.

“Tem todas as condições para que estas aldeias se afirmem como território piloto para o desenvolvimento e experimentação de novas políticas e novos processos de valorização social, económica, paisagística e ambiental que possam, posteriormente, ser alargados a outras aldeias do território de Portugal e Espanha e de outros Estados membros da União Europeia”, considerou.

Já o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, António Ceia da Silva, aproveitou a ocasião para evidenciar a importância da união, cooperação e trabalho em conjunto.

“É cada vez mais necessário não ver Portugal e Espanha, mas ver Portugal com Espanha. Ou seja, nós temos de trabalhar em conjunto”, concretizou.

No seu entender, o projeto Rede de Aldeias para o Futuro é um projeto “de esperança, de mudança e de transformação”.

“Estamos muito entusiasmados com o interesse e as ideias que este projeto já despertou. Espero que esta ação possa conduzir ainda mais para que a transformação aconteça e para validar cada vez mais pessoas que queiram fazer acontecer”, referiu.

A representar a Extremadura espanhola esteve Eulalia Moreno de Acevedo, diretora geral de Urbanismo e Ordenamento do Território da Junta da Extremadura, que vincou também a importância de se trabalhar em rede, num projeto que é “um sonho grande” e “ambicioso”, mas que se conseguirá concretizar com “trabalho e cooperação”.

Pampilhosa da Serra assume presidência até 2024

Tendo sido ontem formalmente constituída como Organismo de Cooperação Territorial, a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, parceiro-líder do projeto, assumiu a presidência da Rede até ao final de 2024, na sequência da assinatura dos protocolos de cooperação entre os 6 Municípios envolvidos (Pampilhosa da Serra, Sabugal, Reguengos de Monsaraz, Arronches, Moraleja e Llerena).

Para Jorge Custódio, presidente do município pampilhosense, este projeto “tem de dar o clique e fazer diferente”, acrescentando que para o efeito é preciso o apoio “regional e nacional”. “Todos temos consciência de que ainda que os Municípios possam ir tomando algumas medidas que minimizem estes impactos, isso não é suficiente. Tem de haver uma mão mais forte por parte dos governos centrais, para que consigamos inverter esta tendência”, expressou.

No discurso de encerramento do seminário, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, garantiu o “compromisso” do Governo para “acompanhar e apoiar esta rede de aldeias”, nomeadamente através da criação de estratégias que permitam que os “Fundos da Política de Coesão, do Horizonte Europa, do Programa Life”, entre outros instrumentos financeiros, “cheguem aos territórios”. “Os novos habitantes querem encontrar aldeias com serviços de cidade e temos de encontrar este equilíbrio”, notou ainda a ministra.

Num universo de 87 candidaturas, o projeto Rede de Aldeias para o Futuro, foi um dos 20 vencedores da primeira convocatória da Nova Bauhaus Europeia dedicada a iniciativa locais, sendo que é liderado pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e abrange seis Aldeias da região EUROACE: Alentejo, Centro de Portugal e Extremadura espanhola.

A cerimónia serviu também para formalizar a assinatura do protocolo “Rede Aldeias Bauhaus EUROACE”.

Publicidade

Artigo anteriorDevido à falta de mão-de-obra, proprietários pedem mais tempo para limpar terrenos
Próximo artigoDiocese de Coimbra assinala os 100 dias para a JMJ 2023 com programa festivo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui