Luís Pais Amante
Se estiveres, hoje, bem disposta
Liberdade
Deixa-me escrever para ti, sozinha
Contar- te como anda a nossa vidinha
Aqui por baixo
E a sua qualidade
Porque no meio dos pingos da quase chuva
Daquela que molha e madruga
Só me apetece abraçar-te
Sem te levar maldição
Ou, sequer, austeridade
Cantar bem alto que faz falta
Quem nos acolha sem zanga
Quem nos respeite
Sem nos deixar só de tanga
Quem nos trate sem cobrança
E a chuva tem um condão
Natural
Parecido com o teu, afinal
Lava tudo, até a mente
E ambas transformam o regato em serpente
!… Tomáramos ser sempre livres, Liberdade …!
Que ninguém nunca nos atropelasse
A nossa Felicidade
Que o peso que tu tens
Só fosse para servir a nossa gente
Com responsabilidade
Mas, como não
Obrigo-me a falar ao ar
Enquanto é livre
E, aqui no Actual
Escrever e denunciar
E alertar a nossa sociedade
Para o facto de a tal da Liberdade
Já ter tido dias melhores
… o que só nos trás saudade!
Luís Pais Amante
Casa Azul
Dando mote ao título do meu próximo Livro, num dia de “quase chuva, no Vale do Mondego”, como diria o Pedro Viseu.
Gosto dos poemas mas temo que, mais dia menos dia, esta Liberdade deixe de ser motivadora tal a quantidade dos bastardos que, como maioria absoluta, dela se servem para servir-se.
Que maneira linda de festejar o Primeiro de Maio.
É mesmo de Liberdade que precisamos.
Excelente forma de homenagear o dia do trabalhador. Inflizmente em Portugal assistimos mais a libertinagem mascarada de liberdade, exercida tanto por cidadãos como por governantes.
De qualquer forma é belo este poema e a mensagem que transmite.
Poema excelente sobre um bem precioso que corre sérios riscos, nos dias que correm…
Liberdade será sempre liberdade. Viva a liberdade.
Que a liberdade não nos falte nunca, para dizer o que nos vai na alma e no pensamento.
Que não nos falte a liberdade, de querer mais e diferente.
Não nos falte a liberdade do grito e da revolta.
Não falte a liberdade para sonhar e amar a Liberdade
A Liberdade como que despertou ao ser lembrada num momento em que ela se sentia quase esquecida.
A Liberdade sorriu para o seu poeta amado que a chamara pelo nome com todas as letras, e disse:
Luís, tu nunca me abandonaste. Minhas asas sempre acompanharam as tuas palavras, os teus versos e os teus ideais. Nós temos muito trabalho pela frente.