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Luís Pais Amante

Penso que a generalidade das Pessoas, no mundo inteiro, estão a passar momentos que as entristecem, que as colocam sem grande esperança no futuro, que as tornam muito descrentes
 …Afinal já não se trabalha nem se pensa para alcançar o bem-estar colectivo das populações.
A nossa civilização -como tenho defendido- está a ficar absolutamente perdida no tempo, nos valores, nas ilusões…e os deuses (ou os seus representantes na terra) não têm ajudado muito, ultimamente.
Já não se discute a normalidade da vida, nem a alegria de a viver, mas tão só como é que se conseguirá sobreviver e como melhor se deverá “lixar o vizinho” ou prejudicar o Povo, ainda mais.
A capacidade de criar intelecto com valia geral ou para a causa pública em particular, parece estar direcionada, só, para o desenvolvimento das tecnologias e dos formatos das políticas rasteiras e, pior do que isso, para a colocação destas à disposição para modos evolutivos da destruição, da criação de pessoas psicologicamente frágeis e isolados, ou simplesmente para servirem de meios a vigarices aterrorizantes, como vamos conhecendo.
Já quase não nascem estrelas, embora muitos digam que o são!
…E esta minha observação não é uma crítica ao desenvolvimento civilizacional, ao seu avanço em determinados aspectos, porque eu não tenho ideia de ser -ou ter sido, algum dia- um “Velho do Restelo”, propriamente dito!
– se fico contente com o modo como estamos a destruir o planeta Terra, sem aculturar a necessidade do empenho colectivo nas ações e no combate às omissões destrutivas? claro que não;
– se fico contente quando, para se acalmar, se põe na mão de uma criança um iPad ou um iPhone, independentemente do lugar onde se está? claro que não;
– se gosto de conhecer as trapaças feitas através dos meios digitais ou políticos? claro que não;
– se gosto de saber que “gurus” afinal vulneráveis, fazem crescer “personalidades de proveta”, em locais que todos pagamos, capazes de fazer muito mal a muita gente sem defesa? claro que não;
– se gosto de assistir ao desabamento puro e simples da ética, dos princípios da convivência saudável, pacífica, propiciadora da estabilidade necessária neste “relógio fino” resultado da organização das nações, cuja transformação está em marcha sem protagonismos notórios? claro que não.
Nos nossos dias, assiste-se a uma corrida desenfreada ao “material” enquanto bem; à mentira enquanto modus operandis, sem observância de regras; à “fuga, a isto ou àquilo” como meio de enriquecimento indevido, sem o assumir de responsabilidades; sem trabalho ou esforço;…mas com muito recurso a oportunismos desenfreados, habilidosos, matreiros, apadrinhados.
!… E esse, na minha modesta opinião, não é, definitivamente um modo sério para se vingar na vida, ou para se dar bem estar seja a quem for …!
Ora, aqui chegados,
Partindo das desavenças familiares, para as clubistas ou associativas; passando pelas desavenças políticas e nacionais; chegando às organizacionais regionais, ou supra-nacionais ou multinacionais, sem esquecer as dos Países potências ou emergências, conclui-se que está quase tudo em ebulição…e muito, mesmo demasiado, em Guerra real ou potencial.
Em Guerra guerra, ou na guerra de palavras, de ações, de posições, de alinhamentos, de subversões, quantas vezes maquiavélicas!
Não é só a famigerada Guerra na Ucrânia, ou na Palestina (que é Guerra, sim), nem a da Síria ou do Sudão. É a Guerra em todo o lado, da Europa à Ásia, passando por África e englobando os ares, os oceanos e os mares, que são bens de utilização universal e que estão a ser “sugados” para aproveito maligno de alguns, contra todos.
Ou a Guerra das Drogas nas Américas…cujas implicações vão alimentando cenários de experimentações políticas e sociais sem fim à vista, sempre com empobrecimento dos desgraçados.
São exercícios demasiado perigosos para uma Humanidade de que já não se quer saber.
Só interessa a supremacia, a ambição desmesurada.
Anda tudo ao monte e já não se revela ter fé nos deuses … nem nos seus ensinamentos, crenças, doutrinas ou indulgências.
… Essa é que é a verdade do nosso tempo carente, cujo fim ninguém é capaz de antecipar!

Luís Pais Amante

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5 COMENTÁRIOS

  1. Estou muito de acordo com a Opinião do meu Amigo Dr. Luís.
    O mundo está mesmo complexo e terrivelmente difícil para o povo que nós somos.
    Obrigado

  2. Texto rico de conteúdo e reflexões que nos fazem caminhar em diversas rotas deste mundo apreensivo, incerto e inseguro onde o esforço pelo bem-estar das sociedades e do próprio planeta não é prioridade real.
    Luís faz-nos pensar que a vida humana corre perigo pela falta de ações mais conscientes, dignas e responsáveis.
    Parabéns Luís por mais essa contribuição tão especial.

  3. Concordo plenamente, eu tenho dito o mundo está doente, as pessoas estão doentes o amor esfriou temos pressa de alcançar os nossos objetivos e não importa quem vamos pisar quantos vamos ferir criamos divisões, intrigas só queremos saber de nós do nosso eu, julgamos quem nos feri, mas esquecemos dos que ferimos. Dividir para melhor gerir esse é o mundo de hoje.
    Bem haja Dr. Luís Amante

  4. Obrigada Dr. Luís pelo artigo que espelha as inquietações, de quem vê tem um olhar atento sobre o que se passa no nosso País e no mundo. Torna- se difícil, sermos optimistas perante tudo o que se passa ao nosso redor que tantas vezes nos deixa perplexos e incrédulos. Hoje assiste- se ao espetáculo dos horrores. Os meios de comunicação social ” espremem” ao limite as notícias do ” tanto pior melhor” que, penso acabam normalizado e banalizando o inaceitável. Preocupam- me os mais jovens, como ajuda – los a desenvolver pensamento crítico, a reconhecerem a importância de estar atentos para não serem manipulados, a não acompanharem o ” rebanho” a não se esquecerem da importância do Ser e não do Ter. Vamos tentando todos nós, que nos importamos, fazer o melhor que nos é possível para ajuda- los.

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