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Lisa Gambini

As alterações climáticas que afetam o nosso planeta continuam a ser insuficientemente divulgadas e debatidas e são um motivo de preocupação sobre o qual é cada vez mais urgente encontrar soluções. O aquecimento global, a poluição dos oceanos, entre outros, tornam a situação alarmante e, como tal, é natural que as pessoas adotem hábitos mais sustentáveis, como separar o lixo, poupar água e escolher, sempre que possível, produtos mais amigos do ambiente.

Sendo a saúde uma área de justificável particularidade, deve também ser olhada com atenção quando estão em causa preocupações ambientais, já que, se por um lado as condições ambientais interferem na saúde humana, por outro o consumo de materiais e produtos de saúde têm relevante impacto no meio ambiente. De facto, pequenas concentrações de determinadas substâncias interferem no mundo natural, causando desequilíbrio e alterações metabólicas a vários organismos.

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Claro que se impõe que estas preocupações de sustentabilidade ambiental sejam implementadas sem nunca colocar em causa a qualidade e a segurança dos produtos/ serviços prestados, mas em saúde, urge, encontrar soluções e respostas coordenadas.

A utilização de medicamentos, dispositivos médicos, suplementos alimentares, cosméticos e outros, é essencial no tratamento, prevenção e diagnóstico de doenças, assim no nosso bem-estar, mas devemos ter sempre em atenção que a utilização de produtos de saúde não deve ameaçar a saúde humana nem contribuir para a redução dos recursos naturais. Deve sim, ter preocupações ambientais e de sustentabilidade, que contrariem gastos excessivos, se foquem na gestão impiedosa de resíduos e valorizem produtos mais “verdes”.

O processo de gestão da medicação, deve ser feito por forma a racionalizar e a melhorar. Reduzir ou mesmo anular as sobras de medicamentos, e se existirem, rejeitá-las corretamente assim como as suas embalagens, ministrar apenas os medicamentos e os produtos de saúde necessários, e reduzir ao mínimo indispensável o uso de sacos de plástico para o seu transporte, são exemplos de importantes medidas de sustentabilidade ambiental mas também de economia financeira. Se nos focarmos no consumo consciente e na valorização dos resíduos inevitáveis teremos de certeza redução de “desperdícios”, de materiais e medicamentos, e influenciaremos a industria para uma visão cada vez mais sustentável.

Também os produtos cosméticos e de higiene corporal, que usamos diariamente, devem alvo da nossa atenção e espírito crítico na hora da escolha. Produtos que tenham menor impacto ambiental, que respeitem a biodiversidade e com composições mais naturais e sustentáveis são o futuro, se pretendemos respeitar a natureza e respeitar a nossa saúde. Como vantagem adicional, os produtos sustentáveis melhoram o mundo a vários outros níveis – económico, social e de saúde pública.

No setor farmacêutico e cosmético uma excelente forma de demonstrar cuidado com o planeta Terra é, entre outros, privilegiar cadeias de fornecimento responsáveis, investir no desenvolvimento de processos de fabrico com menor impacto ambiental, utilizar embalagens mais sustentáveis, abolindo tanto quanto possível o plástico e usando cartão proveniente de cadeias de abastecimento sustentáveis, bem como sensibilizar para o uso racional e para o descarte adequado das embalagens.

Com efeito, as alterações climáticas são uma realidade alarmante e configuram um desafio para todos nós e são chamadas, também, quando o assunto é saúde. A proteção da saúde deve articular-se com a utilização racional dos recursos naturais e todos nós, devemos ser conscientes das nossas atividades e do seu impacto ambiental, económico e social.

Sejamos responsáveis, conscientes e bons gestores. A preservação ambiental é fundamental para o nosso bem-estar e para a prevenção da doença, portanto urge pensar e agir verde, também, em saúde.

Lisa Gambini

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