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Luís Pais Amante

Hoje estou a escrever, especificamente, sobre Penacova (a minha Terra), o que evito, dada a disrupção que se costuma instalar sobre a Opinião publicada.

E faço-o porque houve um acontecimento marcante que a engrandece, o que não acontece todos os dias por aqui (Interior Beirão), como sabemos e até foi dado a conhecer aqui, no Penacova Actual:
– A Praia Fluvial do Vimieiro foi eleita a Praia Fluvial do Ano;
– A Praia Fluvial do Reconquinho, ocupou o lugar seguinte (2).

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A eleição ocorreu através do método da votação online, durante o mês de Dezembro, no denominado “Guia das Praias Fluviais”!

Poderia entrar na “facilidade” para arranjar argumentos tendentes à inversão dos resultados (estou mesmo aqui por cima do Reconquinho e consigo ver e identificar os seus Utentes fiéis há anos e anos e anos), mas acho isso, nesta fase do nosso desenvolvimento periclitante, absolutamente estéril.

Por 3 razões ordens essenciais:

1. Estamos a falar do nosso território e, tal como ao nível da Família, deve ser igual o amor -e a dedicação- que devemos dar a todos os seus membros;
2. Se uma surpresa é boa, duas surpresas são, garantidamente, melhor;
3. Que a eleição nos vai trazer mais veraneantes do exterior dos nossos limites geográficos e que vai fixar mais cá os nossos, não tenho dúvidas nenhumas.

!.. E, assim sendo, nestes limites que coloco à discussão, o meu apelo [se é que ele tem algum valor] é que fiquemos, todos, Penacovenses, parabenizados pelo facto de termos não uma mas as duas melhores Praias Fluviais de Portugal, o que constitui -em qualquer parte do mundo- de per se, um facto de extrema importância, motivo indiscutível de regozijo e, porque não, de “bairrismo” …!

De resto, se estivemos todos atentos, aqui há uns anos, num Colóquio no nosso Centro Cultural [cuja intervenção guardo religiosamente] eu próprio indiquei “os nossos Rios” (plural) como Eixos de Desenvolvimento.

E porquê?

a). Em primeiro lugar porque os nossos Rios Mondego e Alva têm zonas que são de um pitoresco absoluto, encantador, com envolvimento bucólico, o que permite ao ser humano experiências de contacto próximo com a limpidez das águas e o verde das paisagens.

b). Em segundo lugar porque as Praias Fluviais, lactu sensu consideradas, são locais de descanso e veraneio para as Famílias: uns dormem, outros pescam, outros nadam…e todos comem e bebem, com benefício económico evidente para o comércio e para a Restauração.

c). Em terceiro lugar porque induzem a fixação periódica de Pessoas, em espaços de baixíssima densidade, afinal o segredo possível para uma abordagem de “repovoamento” mais permanente deste Interior carente, em que a existência de factores de benefício nas opções são trunfos indiscutíveis, que combatem (com vantagem) os nossos pontos críticos.

Só um alerta para quem achar que o deve escutar, quiçá seguir:
– há caminhos, no desenrolar do exercício democrático -logo legítimo- do Poder Local, que se tornam irreversíveis!

Ou seja,
É muito conveniente que não se esmoreça no empenho, não se fique “a dormir à sombra do êxito” (que foi indiscutível), que não se traga titubieza à estratégia da planificação.

É preciso não esquecer que estas paragens estão a ser frequentadas por Pessoas já muito evoluídas no sentido cívico, quase todas a dominar com excelência os meios digitais disponíveis, o que transforma quase instantaneamente o fluxo da opinião, de amiga para quase inimiga.

São os ditos “Influencers”, ou os que têm ideia que o são.

Que sendo “naturistas”, escondem vezes demais, muito da preferência pelo usufruto do bom que é o prazer da vida.

Portanto, evoluir nas condições de satisfação (civismo, locais de apoio alimentar, atrações não poluidoras, higiene, limpeza, vigilância e acessibilidades) é a palavra de ordem que se nos colocam a todos, sem exceção.

Quem sabe, estrategicamente, na onda da adaptação aos hábitos mais na voga (natureza/ar livre) ir aproveitando outros locais com história ou apetência para se tornarem, um dia, igualmente dignos destes destaques ou de outros mais parcos, mas destaques (Carvoeira, Rebordosa, Raiva, Lapa, Cornicovo, Maria Delegada e Vale da Chã)…

Estejamos orgulhosos!

Luís Pais Amante

 

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