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No dia 8 de Setembro, data da grande Romaria, o “Dia das Sete Senhoras” ou de Nossa Senhora da Natividade, muitas famílias rumavam (e rumam ainda hoje) ao Mont’Alto, movidos pela Fé, mas também pelo Convívio. Tudo convida a estender a toalha e partilhar os deliciosos comes e bebes que neste dia não faltam.

No passado, foi um importante centro de romaria, a que concorriam todas as populações em redor. Segundo as informações paroquiais de 1721, nesse tempo “ os moradores da vila do Botão e os de São João de Figueira” vinham todos os anos em procissão à Senhora do Monte Alto, em cumprimento de um “voto antiquíssimo”, trazendo as suas ofertas em tabuleiros à cabeça de donzelas “como tradição antiga”. As mesmas informações paroquiais afirmam que “ao pé deste monte, contam os naturais, que nascem umas pedras redondas como seixos, as quais partidas se lhe acha dentro outra pedrinha, de tamanho e redondeza de uma noz, que com pouca violência se desfaz em pó, e este aplicado à enfermidade da asma é singular remédio, e tanto por singular e único, de muitas partes deste reino são procuradas, e como se fossem milagrosas saram os asmáticos, e ficam de todo livres”.
Era tradição, logo de manhã as pessoas irem a pé à Senhora do Monte Alto, com o cesto do farnel, onde não faltava a broa de milho e a cabaça cheia de bom vinho.
Lá iam, cantando versos dedicados a Nossa Senhora: “ A senhora do Mont’Alto/ Mandou-me agora chamar/ Que tinha o seu manto roto/ Que lhe o fosse “arremendar”.
Atualmente, os penacovenses continuam a ir ao Monte Alto no dia 8 de setembro. Na parte da manhã, o tempo é de fé, assiste-se à missa e à procissão; à tarde é tempo de farra. No arraial, as concertinas e as flautas foram substituídas por instrumentos mais modernos, e o baile começa: velhos e novos todos vão dançar, até anoitecer”.
Para saber mais sobre a Romaria à Nª. Srª. do Mont’alto, pesquise AQUI
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