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Os CTT – Correios de Portugal lançaram uma emissão exclusiva de selos dedicada à Etnobotânica, ciência que estuda o resultado da interação cultural entre as plantas e os humanos. A coleção é composta por seis selos – alusivos às Cestas de Forjães, à Máscara de Lazarim, aos Palitos de Lorvão, à Empreita de Palma, ao Miolo de Figueira e aos Embutidos

Com origem no Mosteiro do Lorvão, onde serviam para decorar bolos e doces, os “Palitos do Lorvão” são produzidos com madeira de salgueiro ou choupo. A sua execução passa por secar os rolos de madeira ao sol e no forno, após que são rachados. Depois disso, os artesãos manuseiam a navalha e transformam o pau em palitos. Os palitos podem ser de pá e bico ou artísticos: de flor ou pestana. São estes últimos os retratados, bem como um salgueiro, no selo de €0,80 editado pelos CTT a 28 de agosto de 2023, no âmbito da emissão filatélica “Etnobotânica”. O valor facial de €0,80 corresponde ao porte nacional de correio azul (prioritário) até 20g.  

A etnobotânica estuda o resultado da interação cultural entre as plantas e os humanos. Segundo a pagela da emissão, com texto do diretor do Museu Botânico de Beja, Luís Mendonça de Carvalho, a “relação iniciou-se no alvor da nossa história e assumiu formas progressivamente mais sofisticadas, à medida que as sociedades humanas evoluíram para civilizações. Foi a agricultura que possibilitou esta evolução, com um fluxo de alimentos indispensáveis à estabilidade e à coesão social. A relação entre as plantas e os humanos não se limitou à agricultura. Estes seres vivos também forneceram matérias-primas que facilitaram as atividades quotidianas, para além da sua intervenção em mitos, em narrativas tradicionais ou como elementos simbólicos. Até meados do século xx, a sociedade portuguesa foi maioritariamente rural e todas as atividades se desenvolviam em redor das plantas e dos seus ciclos anuais. A observação e a análise das plantas permitiram, aos nossos antepassados, acumular um vasto conhecimento sobre as suas propriedades e os seus usos potenciais”. […] “A salvaguarda deste património é possível atribuindo-lhe um novo estatuto, não necessariamente ligado ao uso funcional mas ao seu significado cultural, que evolui e se adapta, agindo como fator identitário de coesão social. Esta emissão filatélica evoca objetos que continuam a ser produzidos com matérias-primas de origem vegetal, seguindo técnicas ancestrais, e outros mais recentes, porque a tradição também pode ter génese contemporânea.”  

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A emissão filatélica, com 6 selos e 2 blocos filatélicos, teve design da empresa Unidesign e de Hélder Soares e foi impressa por bpost Philately & Stamps Printing. Os selos tiveram uma tiragem de 75 mil exemplares cada. 

José Cura


A Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra foi fundada em fevereiro de 1965 por um grupo de estudantes filatelistas, e teve desde sempre um papel importante na Academia, na cidade de Coimbra e em todo o país, na promoção da filatelia, através do estudo e divulgação de selos e todas as suas variantes: provas, carimbos, flâmulas, postais máximos, franquias mecânicas, entre outros. Tem-se como objetivo contribuir para um melhor entendimento e conhecimento da filatelia no público em geral.

A Secção Filatélica está aberta a todos os interessados, podendo ser visitada no seu espaço do 2º piso do Edifício sede da AAC, em Coimbra, ou em http://sfaac-filatelia.blogspot.com/

 

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