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A conclusão é do estudo ‘Quem paga a raspadinha?’, promovido pelo Conselho Económico e Social (CES), que será apresentado esta terça-feira.

O jogo da raspadinha é um problema para cerca de 100 mil pessoas e 30 mil que jogam com regularidade têm perturbação de jogo patológico. A conclusão é do estudo ‘Quem paga a raspadinha?‘, promovido pelo Conselho Económico e Social (CES), que será apresentado esta terça-feira. 

As principais ideias do estudo, que está a ser citado pela imprensa nacional, revelam ainda o consumo frequente de raspadinhas é três vezes mais comum nas pessoas de baixos rendimentos.

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O estudo revela ainda que os portugueses gastam, em média, 54 euros por ano em raspadinhas, mas é a população que ganha entre 400 euros e 664 euros que chama mais à atenção: estes jogam 3,1 vezes mais do que quem recebe mais de 1.500 euros.

O consumidor frequente tem mais de 50 anos, o ensino básico ou secundário e rendimentos abaixo do ordenado mínimo.

Em março, refira-se, a DECO Proteste explicou que o jogo da raspadinha é apreciado por muitos devido ao “‘shot’ de dopamina que é libertado no cérebro quando sai um prémio”, mas a organização de defesa do consumidor alertou que não se trata de um investimento e o mais provável é perder todo o dinheiro que investiu. 

“As lotarias, como a raspadinha ou o euromilhões, não são um investimento. Aliás, o mais provável é perder todo o dinheiro apostado. A raspadinha é um entretenimento apreciado por muitas pessoas que jogam pelo ‘shot’ de dopamina que é libertado no cérebro quando sai um prémio”, diz a organização de defesa do consumidor. 

Como “proporciona ganhos frequentes — mais imediatos do que o euromilhões — torna-se rapidamente viciante”.

Contudo, a DECO Proteste deixa um conselho: “Resista a permitir-se jogar de forma sucessiva, conheça melhor as regras do jogo e saiba como minimizar as perdas”.

A organização explica que cada raspadinha é um jogo, em que é emitido um determinado número de bilhetes. “Destes, só alguns têm prémio” e “quantos mais bilhetes existirem com prémio, mais fácil será ganhar”.

“Mas, regra geral, o maior número de prémios é compensado pelo menor valor dos mesmos. Por outras palavras, as raspadinhas que prometem o maior prémio são as mais difíceis de encontrar porque têm menos tiragem”, adianta. 

A DECO dá ainda uma dica: “Quando raspar, procure pelas que ‘prometem’ um prémio menor. E não se esqueça de que se trata de um jogo cuja probabilidade de ganhar o maior prémio é, quase sempre, ‘uma num milhão'”.

“Quando pegar numa raspadinha, vire-a e leia o regulamento. Preste especial atenção à percentagem do capital emitido distribuído como prémio. Quanto maior, melhor. Mais dinheiro está disponível para os apostadores”, diz a organização.

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