Luís Pais Amante
Hoje soube que já tinha disponíveis, para tomar, as Vacinas, contra a gripe e contra o covid; mesmo por baixo da minha casa, na Farmácia da Dra. Dulce, sem pagar.
Não há nada de mais cómodo, efectivamente: descer no elevador, chegar e ter um sorriso à espera!
O rodapé das televisões tem referido que já estão a morrer, em Portugal, 10 Pessoas por dia, o que indiciará a incidência próxima futura a crescer.
Até hoje, penso não ter apanhado o “bicho”.
E não sei bem porquê, comecei a pensar se as contra o covid, neste momento, já estariam disponibilizadas no chamado Sul Global, aquelas terras em que a pobreza até dói?
Na altura em que o SARS COV 2 apareceu, o Mundo inteiro uniu-se em esforço científico para trazer à luz do dia um antídoto eficaz para esse vírus louco, lembram-se?
Eu lembro-me bem e até segui quase tudo isso, com atenção, para a elaboração do meu Livro Inquietude que anda por aí de boa saúde, sim.
Depois apareceram as agregações dos conhecimentos em torno dos Laboratórios Científicos Públicos, espalhados pelo Planeta e tudo se foi indo, qual ribeirinho a crescer, direitinho para as Farmacêuticas. Dá a ideia que sabiam o caminho…
O negócio destas entidades (vulgo Indústrias Farmacêuticas) é um negócio muitas vezes tenebroso e tem servido de inspiração para Escritores de renome, como Gerald Posner, que prognosticou:
– “As empresas farmacêuticas enxergam no Covid-19 uma oportunidade de negócios sem precedentes”.
… E parece que acertou!
O resultado é que foram as grandes farmacêuticas a dar nome e a registar a propriedade das vacinas e a registar as respectivas marcas (patentes). Nem vale a pena falar disso -ou publicitar mais- porque todos temos os registos das marcas tomadas nas nossas fichas individuais do tal vírus.
Recordo-me, por exemplo, do trabalho muito meritório de uma Cientista Portuguesa que pouca gente conhecia (Marta Nunes) que trabalha -ou trabalhava- num Laboratório da África do Sul (Unidade de Investigação de Análise de Vacinas e Doenças Infecciosas, em Joanesburgo) cuja equipe divulgou, à data, dados muito interessantes sobre as variantes, ao mesmo tempo que foi chamada a avaliar, também, vacinas suspensas naquele País, por suspeitas de criarem efeitos complexos e nefastos.
!… para o que aqui interessa, quero lembrar que a OMS sentiu, logo à partida, que os Pobres do Mundo, iriam morrer como tordos, porque nem têm condições de higiene mínima, nem comida suficiente, nem hospitais, nem de vida, nem de nada … e não iriam ter medicamentos antivirais a tempo, nem teriam vacinas suficientes mais tarde …!
E é factual que naquelas partes do Mundo -onde falta tudo- morreu mesmo muita, muita gente.
Ora,
Em 2020 foi reforçada a missão da GAVI “The Vacine Alliance” (onde, entretanto, colocaram um ex Colega meu de Faculdade, de seu nome José Manuel Durão Barroso -que já foi quase tudo na vida, como é sabido- mormente a seguir àquela foto maravilha com o Trabalhista Tony Blair, o Republicano George W. Bush e o Populista José María Aznar, na Base Aérea das Lages, nos Açores, a preparar a Guerra no Iraque).
Esta parceria publico-privada de que falava (que engloba a OMS, o Banco Mundial e outros doadores internacionais com muito, muito dinheiro) resultou da iniciativa da Fundação Bill e Melinda Gates.
O Programa Covax Facility, destina-se, ainda hoje, se eu não estiver enganado, a angariar dinheiro para distribuir vacinas a preço de custo, nos países mais pobres do mundo.
Até ao fim de 2021 tinham sido distribuídas 2,3 bilhões de vacinas, das quais 1,3 bilhões a custo zero.
…só que o Sul Global já tinha, então, 8 bilhões de pessoas!
Ou seja,
A minha recordação deste ponto triste, significa questionar:
– nós andamos aqui pelo Norte a dizer mal da vida, por tudo e por nada, armados em coitadinhos, tomando as vacinas ao pé de casa, mas não pensamos como andam as Pessoas lá para o Sul, pois não?
Os 3,5 milhões de vacinas que se mandaram pro lixo em Portugal não poderiam ter ido pra lá?
Ora ouçam:
Há dias esteve em Portugal o Activista Siyabulela Mandela, bisneto de Nelson Mandela, Prémio Nobel da Paz, que lutou até quase à exaustão contra o racismo na tal África do Sul e que foi seu Presidente; o Homem que conseguiu obter a reconciliação das raças, sem deixar que uma vida de prisão lhe toldasse o espírito e a visão de Pessoa de bem, sem rancor.
Aquele tipo de governantes que o Mundo precisa, como de pão para a boca, mas não tem!
Imaginam do que ele falou?
Recordando as suas origens, questionou se, alguma vez, efectivamente, todos querem ser um só e se isso alguma vez será possível?
Exemplificando, mesmo:
– que com o recente caso da luta contra o novo coronavírus -numa fase inicial- se uniu a humanidade em busca de uma vacina, mas que quando esta foi encontrada, o norte global ficou com ela -mesmo das que não precisavam- e o sul teve de “chorar e implorar” para conseguir algumas.
Percebem a minha angústia?
Quando é que acabará todo este drama daquelas Pessoas que eu tenho designado como “com o peso desta vida triste em cima”?
Luís Pais Amante
É isso tudo Dr. Luís Amante.
Enquanto a vida cá por cima ainda está mais ou menos, em questões de saúde, no dito Sul é uma desgraça total.
Morrem mesmo muitas pessoas sem nenhum tipo de assistência.
Muito bem descrita está hipocrisia global
Tantos milhões de seres humanos passando fome e sem vacina, e tantos bilhões de dólares gastos para que os seres humanos matem uns aos outros!!! Parabéns Luís pelo seu patriotismo sem fronteiras onde a grande pátria é o planeta Terra.
É tudo isso e mas alguma coisa, muitas mortes foram por falta de conhecimento, quando os primeiros doentes eram incubados achando que era a melhor forma de tratar depois de tantas mortes concluíram que o vírus não parava de evoluir. Vivendo e aprendendo errando pra acerta, ainda assim muito enriqueceram com a cena das vacinas e fármacos. Economias subiram outras baixaram enfim. Hoje o COVID já não tem tanto impacto negativo a sociedade mau ou bem já sabemos lhe dar com a situação, tratamentos caseiros com resultados positivos sou africana e quando meu marido e eu tivemos COVID logo no princípio em que todos tinhamos medo de morrer, conseguimos ultrapassar com muitas folhas da nossa terra que são bons fármacos naturais. Valeu pelo texto.